Moodboard: inspirações para a casa nova

Faz muito tempo desde o último post desse tipo aqui no blog e eu tô muito empolgado em compartilhar minhas referências para a casa nova com vocês pois dividir um moodboard é, também, compartilhar parte do meu jeito de pensar e criar.

Eu sempre amei ver bastidores de produções e entrevistas com meus ícones favoritos porque sentia que, ao ver um pouquinho dos processos criativos de quem me inspira, era como se eu pudesse ter acesso a uma gaveta de um canto íntimo da casa, onde coisas mais pessoais ficam guardadas...

Diferente das outras vezes em que eu dividi o meu processo de organização de reformas ou de montar uma casa, agora, eu vejo mais sentido em abrir minha gaveta de idéias para que vocês entendam onde eu tô mirando e acompanhem o processo de adaptação; com isso, o resultado -lá no final- vai ter um sentido mais amplo pra todo mundo.

Então, bora lá...
Pra facilitar esse papo, eu dividi o moodboard em pequenas categorias, assim:

Para o mood da casa, eu tô quase do lado oposto ao que estive anos atrás, onde eu colecionava muitos objetos nas paredes, prateleiras, por todos os cantos.
A minha palavra chave do momento é respiro; isso porque, depois de tanto tempo dentro de casa, eu sinto como se tivesse entendendo melhor o que faz sentido pra mim.
Eu descobri, por exemplo, que amo ter coisas bonitas, escolhidas a dedo, mas nem tudo precisa estar à vista o tempo todo: fazer rodízio entre esses objetos é uma forma de lidar com isso, mas desapegar para deixar o novo entrar tem sido o ponto mais incrível pra mim.

Uma casa onde a profusão da estética kitsch dá espaço ao uso pensado dos espaços negativos (vazios) é hoje, pra mim, sinônimo de uma casa que reflete um nível mais aguçado de autoconhecimento e eu quero experimentar dar um mergulho nesse lugar onde o simples não significa simplório ou precário, sabe?
Faz parte da minha busca por entender, de verdade e a fundo, o que é e quanto vale o simples.

Quando penso em móveis que quero pra nossa casa hoje, eu me vejo cada vez mais apaixonado pelo que é imperfeito e, por tabela, único.
Na verdade, quem me acompanha há mais tempo talvez tenha percebido os primeiros sinais da exploração dessa linguagem em algumas das minhas festas com mobiliários que pareciam ter sido feitos no quintal de casa...

Hoje sinto zero desejo por móveis genéricos e, no meu radar para a casa nova estão móveis com aspecto artesanal (feito à mão), linhas simples (que ajudam a fugir do aspecto rústico) e que tenham alguma conexão com um cotidiano nostálgico. 

Isso não é uma certeza ainda, mas quero explorar mais as texturas e deixar as cores para detalhes e aspectos sutis na decoração (ao menos por um tempo).
Nesse sentido, eu gostaria de explorar superfícies que trouxessem mais aconchego para a casa, como a madeira, tecidos com aspecto orgânico e as fibras naturais, que já me acompanham há um tempo...

Styling é como usamos nossa bagagem de referências para refinar e alinhar idéias, transformando-as em combinações harmônicas de objetos, cores, texturas etc.

E minhas principais fontes de inspiração de styling atualmente tem vindo de elementos mais populares, como fachadas e placas pintadas a mão, a linguagem visual do comércio popular e lugares onde o "instagramável" cede lugar ao belo que existe de forma corriqueira e intuitiva, num espectro menos óbvio, para quem o consegue enxergar.

Isso significa que minha casa vai parecer boteco ou borracharia?
Obviamente, não (mentira, talvez pareça, sim. kkk)... 
Mas eu amo trazer pra dentro de casa essas leituras ao invés de copiar casas prontas e suponho que vocês vão conseguir captar algumas dessas adaptações por aqui.

Por fim, mas não menos importante, eu tenho vivido dias de resgate de um processo criativo mais analógico e tô amando abrir páginas de livros e algumas revistas antigas em busca de inspiração.
Para não fazer bagunça, vamos encerrar esse moodboard por aqui e logo mais trago alguns dos meus livros favoritos do momento em um mais um conteúdo old school (amo/sou).

Agora eu quero saber: o que você achou das minhas referências atuais?
Algo aí no meio faz sentido pra você também?
Viu algo por aí que se pareça com isso? Compartilha comigo, eu vou amar...

Bjs do Math e até a próxima!

P.s.: tem uma playlist que resume bem esse mood da casa nova aqui, no meu perfil no spotify.