Como era nosso Airbnb em Londres


Desde que usamos Airbnb pela primeira vez na vida, a gente só se hospeda em hotel em casos muito específicos, como viagens a trabalho...
A ideia do site de viver o lugar e suas experiências é algo que a gente realmente adora e poder passar um tempo se sentindo quase um local em vários lugares é mágica e, por muito tempo, a gente quis fazer isso fora do país. 

Quando surgiu a possibilidade da viagem à Europa, a gente achou que poderia ser incrível e juntamos isso com o fato de que seria bem mais barato também, afinal, fazer qualquer coisa em libras é uma missão hardcore, ahaha.

Apesar de achar interessante a ideia de dividir o mesmo espaço com um local em um outro continente, com uma outra cabeça e uma visão de mundo completamente diferente da gente, nós tínhamos uma noção de que poderia ser algo incrível, mas também pode seria embaraçoso e a gente resolveu encarar a experiência com todos os prós e contras.

 Hospedagem na parte central de Londres custa muitos dinheiros, então, o Sander -que entende tudo de transporte público e que sempre cuida dessa parte logística das nossas viagens- pesquisou e descobriu o Airbnb em Leyton, um bairro um pouco mais afastado, mas de fácil acesso para os lugares do nosso roteiro via metrô e ônibus e foi lá onde ficamos.

Levamos em conta que os deslocamentos não seriam muito longos ou complicados e consideramos que poderia ser uma experiência inusitada e enriquecedora ficar em um bairro onde provavelmente não iríamos por outro motivo a não ser hospedagem, já que ele não está dentro das rotas turísticas.

 O apartamento ficava no andar de cima de um dos sobrados vitorianos típicos da cidade e, apesar de ser compartilhado, a gente praticamente não teve contato com os proprietários, o que foi um pouco frustrante, já que a gente pensou que seria legal ter essa troca e tal...

Na verdade, os proprietários do apartamento fizeram questão de serem o mais discretos possível e isso ficou claro pra gente logo nos primeiros dias. A gente também notou que Nikki, a dona do apartamento era muito tímida -conversamos bem pouco com ela em um dos dias a noite, em que fizemos questão de aproveitar sua passagem rápida e silenciosa pela cozinha para nos apresentar e ficou evidente o quanto ela era contida.

Naturalmente, essa é uma percepção bem pessoal que se baseia em expectativas e não desabona em nada o atendimento atencioso dela durante a reserva e até mesmo durante a estadia, quando precisamos tirar alguma dúvida via mensagem.

 O tinha cara de casa de gente de verdade -sem grandes luxos, mas com uma boa dose de charme- e lembrava cenário de filme ao mesmo tempo.
Aliás, foi meio louco reparar isso logo no primeiro contato: como nossa visão sobre decoração somada a percepções sobre o ambiente criam um jeito realmente diferente de se viver.
No fim, é tudo casa com quarto, banheiro, cozinha e sala, mas o olhar é outro, bem como as necessidades e as referências, o que resulta num jeitinho que se difere do nosso nos detalhes.

 Apesar de termos acesso à sala, só fui lá na chegada, para conhecer, fazer as fotos do post e alguns takes de vídeo...

Em meio ao cinza, bege e off white, tinha lareira ao lado de um cantinho com vários livros, máquina de datilografar junto com macbook e pontos de cor que vinham das prateleiras e das várias plantinhas que deixavam tudo mais aconchegante.


Como a gente saia "cedo", andava muito e voltava pra "casa" bem tarde, não usamos a cozinha pra nada, até porque tinha várias opções de comidinha listadas no roteiro...

Na verdade, ela servia basicamente de passagem, já que o nosso quarto ficava ao lado da cozinha.



 E por falar em quarto...
A gente não prestou atenção num detalhe básico durante a escolha do local: ele não tinha armário.
Em algumas das fotos, o cômodo parecia um pouco mais espaçoso e ele era realmente bem pequeno para um casal, o que acabou se tornando desconfortável em certos pontos e momentos, já que a gente não tinha como e onde apoiar as nossas coisas e as compras que fui fazendo durante a viagem.


A gente tinha uma prateleira pra usar como apoio e eu fui colocando as compras que fiz durante a viagem lá.
Atrás e ao lado da porta tinha cabides onde a gente podia pendurar algumas peças de roupa, mas com o vento frio que tava fazendo, a gente usava várias camadas de roupa e os cabides não eram o suficiente.

Neste quarto, a cama disponível era uma retrátil, que se transforma em uma cama de casal e o teto do quarto, com listras amarelas, era tão fofo que acabou tirando o meu foco da coisa básica que é a necessidade de ter um armário no quarto para acomodar as bagagens, rs.

Essa era a casinha do lado de fora, bem parecida com todas as outras nos arredores -sendo que a grande maioria é marrom, com tijolinhos...

As ruas -residenciais- eram super tranquilas, silenciosas, com clima familiar e por perto, um comércio local bem simples que a gente usou uma única vez pra comprar pizza em uma das noites em que estávamos bem cansados e não havíamos comido na parte central da cidade.

 Ainda falando em arredores: a estação do metrô fica próximo ao apartamento, mas não é "colado"... Rola uma caminhada de aproximadamente 15 minutos que pode se tornar desconfortável se você estiver com muita bagagem (como a gente tava).

Além disso, o apartamento fica no andar de cima e não no térreo e a escada também é bem estreita.
Mas no fim, deu tudo certo e nada disso prejudicou a nossa experiência como um todo.

 Resolvi fazer esse post contando as minhas impressões reais e honestas porque acho que pode ser útil para quem for fazer a Londres em situação parecida. Além de que até hoje recebo mensagens e perguntas sobre o Airbnb onde nos hospedamos em Buenos Aires, logo, posso supor que seja um tipo de assunto interessante pra quem gosta de viajar.

Se com todas as minhas opiniões sinceronas, você tiver interesse em se hospedar com a Nikki, o link para o anúncio é esse aqui. E eu acabei de descobrir olhando aqui na página que ela tem um outro quarto disponível, num outro anúncio, por um valor bem mais alto, mas se for do seu interesse, vale dar uma olhada. Eu achei uma graça... clica aqui pra ver ;)

P.s.:  Fazendo uma pesquisa básica aqui agora enquanto escrevo o post, descobri que Leyton aparece em alguns momentos como bairro perigoso, mas não percebemos nada nesse sentido durante nossa estadia, então, se você encontrar algo similar por aí durante alguma pesquisa, minha opinião de quem ficou pouco tempo no bairro (saía de manhã e voltava a noite) é de um lugar simples, mas calmo, tranquilo...
Londres é uma das metrópoles mais seguras do mundo. Eu andei gravando vlog com iphone na rua o tempo todo e em nenhum momento sentimos que estávamos correndo risco, então, segura na mão de Deus e vai sem medo, migs! 


Alguma dúvida?
Pode comentar aqui em baixo, blz?

Bjs do Math e até a próxima!

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