Como foi meu 2023

Com 2024 chegando logo ali, eu percebo que 2023 foi um ano que me trouxe muita coisa incrível, em diferentes âmbitos da vida, e senti vontade de deixar tudo registrado -tanto pra eu poder rever no futuro, quanto por querer dividir com vocês.


E já que o algoritmo das redes sociais não comporta esse tipo de papo -se você estiver se perguntando o porque, eu explico de forma rápida: quando se tem um conteúdo nichado, se eu postar algo que fuja do  segmento escolhido, a entrega do conteúdo vai ser muito reduzida-, eu estou reconsiderando a possibilidade de postar mais ativamente aqui no ano que vem, para que a gente não perca esse ponto de conexão.
Mas isso é papo pra outro momento, vamos falar de 2023, por enquanto....

Este foi um dos primeiros anos na vida onde eu me permiti ter metas -sempre me sabotei demais e sequer me permitia criar metas, pois ouvia algo na minha cabeça questionando "Se você já sabe que não vai dar conta, pra que estabelecer uma meta? Só pra se frustrar daqui a um ano?" - e, contrariando todas as vozes do meu sabotador interno, eu consegui realizar várias delas, entre as quais:

1. Eu mudei de nome

Odiar um nome que me deram e com o qual eu nunca me identifiquei era uma das coisas que mais me incomodaram a vida inteira, mas a morosidade de um processo judicial para alterar o registro nos documentos deixava esse sonho bem distante, até que, com a lei 14.382, de 2022, o processo de prenome passou a ser um direito factível pra todo mundo que passa por qualquer tipo de constrangimento com algo tão básico e essencial ao ser humano quanto o próprio nome.

Era péssimo não gostar de olhar meus próprios documentos e sempre me sentir constrangido ao ter que apresentá-los em ocasiões formais, ou mesmo ter que falar sobre isso ao fechar contratos de trabalho, depois de toda uma conversa onde as pessoas sempre me chamavam de Matheus.

Um ponto peculiar sobre toda a relação complicada que eu tinha com meu antigo nome era o fato de que eu não gostava sequer de pronunciá-lo, então, durante boa parte da vida, em momentos de apresentações, quando perguntavam meu nome, eu dizia às pessoas que elas poderiam me chamar como quisessem, apenas para eu não ter que pronunciar o nome, o que me fez ter apelidos muito malucos (que também não me faziam bem).

Depois de uma certa idade, eu decidi que não queria mais conviver com tamanho incômodo e, num dia qualquer, de forma aleatória, perguntei a uma amiga: "Você acha que eu tenho cara de que?", e sua resposta foi que eu tinha "cara de Matheus" -e eu amei; semanas depois, em circunstâncias completamente diferentes, fiz a mesma pergunta a outro amigo e, curiosamente, ele também disse que eu tinha "cara de Matheus".
Daí pra frente, eu abracei Matheus como minha identidade e, desde então, o nome antigo deixou de existir pra mim -exceto nos documentos.

Demorou um bocado, mas 2023 foi o ano em que, pela primeira vez, o nome ao lado da minha foto no RG não me causou estranhamento e eu até me questionei bastante se faria sentido compartilhar isso na internet, mas sempre penso que se algo pode ajudar outras pessoas, vale a pena dividir, e assim, eu decidi fazer esse reel curtinho com um resumo sobre essa história:

Não é uma promessa, mas agora que já refiz vários dos meus documentos, vou tentar fazer um post com um resumão sobre todo o processo para deixar registrado, afim de ajudar outras pessoas no futuro.

2. Voltei para a terapia

Com a mudança para São Paulo, encerrei o ciclo com a terapeuta que me atendia em Brasília e fiquei concentrado em colocar uma casa inteira no lugar, me encontrar neste novo ambiente, estabelecer novas relações profissionais, etc...

O tempo foi passando e algumas questões emocionais ficaram ainda mais evidentes, o que me motivou a organizar um retorno à terapia de forma diferente: agora, não mais pelo plano de saúde, priorizando a escolha de um/a profissional que tivesse a capacidade de compreender meu ritmo e disposição para mergulhar nessa busca por autoconhecimento (eu sou muito aberto na terapia, por ter muita clareza do que tô procurando ali).

Pedi indicação a uma amiga, fiz alguns contatos, escolhi a melhor entre as opções e tem sido maravilhoso encarar a terapia como um investimento em mim mesmo, sabendo que os resultados vão me trazer melhoras e aperfeiçoamento no âmbito pessoal, com desdobramentos consideráveis nas outras esferas da vida também.

E tá sendo bem maluco observar tantas mudanças positivas em um curto espaço de tempo, sabe?
Não é como se meus outros contatos com o processo terapêutico não tivessem sido bons, mas parece que agora eu estou num trilho onde há compatibilidade de ritmo/cadência e isso é muito f•da.

3. Voltei a praticar atividade física

Ainda na categoria de coisas que apenas eu poderia fazer por mim mesmo, eu precisava urgentemente voltar à atividade física, pois meu corpo já havia dado sinais claros de que o sedentarismo me levaria ao colapso: ao longo deste ano, eu tive uma crise severa de dores na coluna e outra de dores nos pulsos/braços, devido à longas jornadas de trabalho sentado em frente ao computador.

Ao contrário do que muita gente diz, eu adoro treinar e amo sentir aquelas dorzinhas nos dias seguintes, porque isso me faz sentir que eu tô vivo... mas então, porque eu fiquei tanto tempo distante dos treinos?

Acho que por não ter projetos e prioridades tão organizados na cabeça e por várias questões que se eu poderia resumir em um controle financeiro pífio.

O ponto mais relevante desse tópico  é que eu retornei aos treinos (depois de muitos anos) já na reta final do ano: foi nas últimas semanas de outubro que eu me inscrevi, porque tinha feito este compromisso comigo mesmo no ano passado e não queria finalizar o ano com este projeto como pendência.

Eu acho que a parte mais complicada de deixar de cumprir metas é,  na verdade, quando a gente se deixa na mão em relação a um compromisso que a gente faz consigo mesmo e eu queria, no último dia do ano, olhar pra trás sabendo que fiz isso por mim mesmo, ver algum resultado -por menor que fosse- e não poderia estar mais orgulhoso de ter dado um check nesse item da minha lista de coisas.

4. Conheci mais um país


Em maio, a gente foi conhecer o Chile. A viagem foi o presente de aniversário do Sander pra mim e eu amei cada segundo (deixei tudo registrado em vlogs aqui).


Uma curiosidade sobre esta viagem é que ela aconteceria em 2020: seria nossa primeira viagem juntos mais focada em explorar a natureza, algo decidido em comum acordo, já que estávamos encantados pelas paisagens naturais do Chile.
Mas você consegue lembrar o que rolou em 2020, né?

-Pois é... veio a pandemia, a gente levou um strike, aquele roteiro de 2020 foi abortado e não deu pra seguir a mesma lógica agora, em 2023, mas de qualquer forma, foi uma delícia e deixou aquele gostinho de quero mais.

Infelizmente, eu não consegui fazer post dessa viagem aqui no blog, mas os vídeos estão super completos e gostosinhos de assistir, então, se você não viu ainda, assista e comente lá o que achou. Vou adorar ler os comentários de vocês.

5. Sushi se recuperou de uma hepatite

No finalzinho do ano passado -do nada-, Sushi parou de comer e, como a gente conhece muito bem o comportamento dele, entramos urgentemente em estado de alerta e começamos uma loooonga  investigação para entender o que estava acontecendo com ele.
O diagnóstico demorou a chegar e quando veio, a gente tava exausto em vê-lo apenas alguns minutos por dia, dentro de uma caixinha do hospital...


Apesar de estar clinicamente bem (ao primeiro olhar, ele tava animadinho e parecia que nada de muito anormal tava acontecendo), o fato de ele não querer comer a comida que ele adorava era um indicativo sério demais para se ignorar e, por mais que para algumas pessoas isso pudesse soar como paranóia, a nossa corrida contra o tempo foi vital!

Em um dos incontáveis exames, descobrimos que uma das taxas do fígado dele (chamada ALT), estava muito alterada -o limite normal esperado era 250 e a dele havia ultrapassado 2400-, o que poderia indicar uma infinidade de coisas, sendo que nenhuma delas seria positiva.

Quando descobrimos se tratar de uma hepatite autoimune, nossas forças, reservas financeiras e estabilidade emocional já haviam se esvaído e a gente teve que juntar nossos cacos para continuar fazendo o que precisava ser feito (tudo isso enquanto eu colocava uma coleção de natal no ar).

Como esse era um problema no fígado -onde todas as medicações são processadas-, a gente precisou investigar de forma muito minuciosa antes de chegar a um protocolo seguro, afinal, qualquer medicamento poderia se tornar veneno, num contexto em que o fígado dele estava muito alterado e com a capacidade de processamento comprometida (além disso, monitorar a taxa baixando foi uma tortura porque era difícil saber se ele tava se recuperando ou se o fígado estava entrando em falência. Pense num desespero!)

Foram longos dias/semanas até que os medicamentos deixaram ele estável a ponto de ter alta, seguidos por meses de acompanhamento com especialistas, exames trimestrais para monitoramento de todas as taxas possíveis e mudanças na alimentação (a dieta natural crua migrou para comida cozida, preparada para as necessidades dele, com medidas específicas e suplementos, além de um tratamento também com extrato de canabis).

A gente chegou a ouvir de uma das veterinárias que talvez a ALT do Sushi nunca mais voltasse ao parâmetro desejado, que o novo normal para ele poderia ser 450 ao invés de 250; óbvio que isso não é agradável de se ouvir, mas seguimos fazendo tudo o que tava ao nosso alcance e, um ano depois, a taxa está dentro do desejado, com margem de sobra.

De lá pra cá, não tivemos nenhuma reincidência deste problema e, atualmente, estamos encarando outros rolês, investigando aquela tosse que algumas de vocês já sabiam que ele tem.
Por enquanto, não vou entrar em detalhes pois estamos ainda entendendo tudo o que está acontecendo, mas quando for possível, divido com vocês as informações que puderem ajudar outros tutores/pais/mães que amam seus pets.

6. Trabalhei com marcas que sempre sonhei

Nos últimos anos, eu venho tentando entender melhor quem eu sou, profissionalmente falando; essa já foi uma missão muito difícil, pois eu sempre fui a pessoa que fazia muita coisa ao mesmo tempo e isso pode significar versatilidade ou se tornar o mais puro suco da confusão mental.

Durante a pandemia (ela de novo), eu consegui fazer um filtro, mirar num ponto e tudo tá fluindo melhor, inclusive em relação às parcerias comerciais.

Importante frisar que um bom trabalho de criação de conteúdo não pode nem deve ser medido pela régua da quantidade de publis que um criador fecha por mês ou por ano (qualidade antes de quantidade, sempre!), mas ter o nosso trabalho endossado por marcas que a gente acredita e admira é, sim, algo muito bom, e também coloca nosso nome num lugar de validação por quem já tem um espaço na cabeça das pessoas há mais tempo.

Comecei 2023 assinando a identidade visual do Carnaval do Pinterest -com um projeto ilustrado lindo-, e ministrando uma masterclass lá dentro sobre criação de conteúdo,  depois produzi vários conteúdos com a Casa e Jardim, fiz publicidade para a Camicado, fui convidado para participar de um quadro no canal da Tastemade (eu sempre tive paixão pelos conteúdos de Tastemade. Não posso fingir costume aqui, nem deixar de dizer que isso já pareceu algo totalmente inatingível pra mim), gravei publicidade para Electrolux -também nos estúdios Tastemade- e finalizei o ano entregando uma publi linda e divertida para Leroy Merlin, Disney e Pixar.

Eu precisava escrever tudo isso pra eu mesmo entender e enxergar a potência desse trabalho que rolou em 2023, além de deixar também um recado pra você acreditar nos seus sonhos, no seu potencial e fazer sua parte no corre, focando no que é importante, sem gastar energia com distrações bobas que aparecem pra tirar a gente do nosso eixo.

Por sinal, não tem como falar desses trabalhos sem agradecer você que sempre apoiou meu trabalho de todas as formas possíveis. Esse post é sobre conquistas alcançadas também a partir desse apoio. São vitórias nossas! Obrigado, de coração.

7. Fiz collabs lindas na B.Math

A B.Math surgiu em 2021, exatamente quando eu tava ali repensando a rota da minha vida -inclusive profissionalmente falando.
Naquele momento, eu entendi que, ao invés de apenas esperar que o mercado publicitário viesse atrás de mim para eu falar sobre marcas e produtos de outras empresas, uma das possibilidades seria eu me tornar o porta-voz das minhas próprias invenções, criando soluções para o cotidiano de pessoas que, assim como eu e você, procuram formas de deixar a vida mais criativa e inspiradora.

A partir daí, eu segui o caminho mais simples possível: fiz um bazar e, com a grana dos desapegos, mandei produzir o que era mais factível no momento -os lambe-lambes, produtos "simples", impressos em papel e nada mais.

De lá pra cá, veio uma mudança de Brasília para São Paulo, um Natal que me pegou de surpresa e collabs que levaram as minhas idéias para outros públicos e outras superfícies: na páscoa, a gente teve kits em parceria com a The Goodies, no dia das mães, colaboração com a querida Isabela Leão, um das artistas que mais admiro, e por fim, no Natal, uma coleção gigante, com mais de 50 produtos, assinados juntamente com Pano Urbano e Corporação de Ofícios, cheia de itens que estiveram disponíveis em pontos de venda Brasil afora.

O desejo trabalhar com criação de produtos é algo muito antigo e forte dentro de mim e eu não poderia estar mais feliz por ter, hoje, a possibilidade de desenvolver coisas que brilham os olhos e fazem sentido na vida e na casa de tantas pessoas.
Eu sempre quis ocupar uma lacuna de coisas diferentes que eu não via por aqui e me sinto lisonjeado em ter tanta gente apostando nessas loucurinhas comigo.
Obrigado demais por isso também!
Em 2024, tem muito mais.

8. Tive assessoria contábil pela primeira vez na vida

Bora falar do elefante branco na sala? Rs.
Eu sei que creators/influencers/blogueiros não gostam muito falar de grana (exceto aquelas especialistas no assunto) e eu não vou ser a excessão pois não me sinto preparado para isto, rs.
Mas eu gostaria, sim, de compartilhar com você um pouco de como está sendo esse rolê pra mim...

É muito provável que você já saiba que eu não sou herdeiro, que eu passei por muitas privações ao longo da vida -e que eu tenho zero intenção de dramatizar isso-, mas eu entendi e aceitei recentemente o fato de que, só agora eu tô realmente APRENDENDO a lidar com grana, já que educação financeira foi algo que não fez parte da minha vida na infância e adolescência.

Com toda essa dificuldade, eu sempre tive medo (irracional, obviamente) de fazer compromissos que envolvesse pagar outros profissionais para me ajudar, por achar que eu não daria conta de manter, e isso me impediu demais de crescer. Até que, no ano passado, eu decidi arriscar e me comprometer com alguém que me ajudaria a entender melhor o tal fluxo de caixa...

Sendo bem claro e direto: eu tava vendo nitidamente que meu trabalho tava dando resultado, vi que tinha mais graninha entrando, mas não conseguia mensurar este crescimento, nem o que fazer/pra onde ir.

Porque tô falando sobre isso aqui, plmdds?
Por alguns motivos, entre eles, o fato de que eu abri o painel do blog pra escrever esse post de forma muito honesta, como se fosse uma carta para uma amiga pessoal (você) e também porque eu sei que tenho várias seguidoras se arriscando nessa coisa doida de empreender -inclusive, várias já me procuraram pra pedir conselhos, ideias e até mesmo contrataram mentoria (as mentorias eram sobre processo criativo e não sobre finanças, tá? Rs. Eu jamais me comprometeria a ensinar algo que eu não sei)-, então, fica aí uma dica: as vezes, a gente vai ter que abrir mão de algumas coisas, encarar este tipo de movimento como investimento e chutar a porta na cara do medo pra conseguir crescer.

Eu achava que não conseguiria arcar com este compromisso todos os meses, mas fui pego de surpresa e o movimento foi outro: tendo mais clareza sobre as finanças, eu consegui me planejar melhor, enxergar de forma mais nítida o que tava acontecendo e, naturalmente, isso foi se desdobrando em amadurecimento e crescimento.

Eu não quero nem vou diminuir nenhuma das minhas pequenas conquistas deste ano, então, preciso dizer que foi muito foda alcançar toda essa compreensão sobre um lado do meu negócio que eu sempre tive medo, viu...

E se você, amiga seguidora empreendedora, estiver precisando de suporte profissional de confiança neste sentido, eu indico tranquilamente a Fran, minha contadora, que tem uma visão super humana e uma linha de raciocínio pragmática, organizada e objetiva para te ajudar também.
Cê pode falar com ela através do número (62) 986054169, no whatsapp -deixando claro com todas as letras que não se trata de parceria nem publi, tá? Eu pago regularmente meus boletinhos todos os meses, mas como tive muita dificuldade de saber por onde começar uma busca, fica aí o contato pra quem quiser, tá? 

9. Mudei o enquadramento da minha empresa

Esse tópico é, na verdade, continuidade dos últimos...


É algo sobre o qual eu escrevo com muita felicidade, mas também com um frio na barriga: quando fiz o meu CNPJ, anos atrás, eu não sabia muito bem o que tava fazendo, só sabia que precisava fazer para receber o pagamento por um job.

Mudar de enquadramento tempos depois significa que eu consegui concluir um ciclo até aqui e que, por mais que seja desconfortável sair da zona de conforto de tudo o que eu já tinha entendido até agora, o desafio de ter que reaprender e reajustar muita coisa significa que o crescimento é real -e crescer as vezes dói mesmo.

Eu não tenho muito a dizer sobre isso além de que ainda me sinto bem perdido (mesmo tendo um excelente suporte profissional) e parece que tem muito mais responsabilidades e burocracias sobre os meus ombros agora, mas eu preferi ver o lado cheio deste copo e estou interpretando como responsabilidades da vida adulta de uma pessoa que jamais imaginou que estaria vivendo o que eu vivo hoje...

Eu tenho plena consciência de tudo o que passei nessa jornada até aqui, das noites mal dormidas, dos projetos pagos do próprio bolso, de quantas vezes eu paguei para trabalhar pra poder mostrar ao mundo minhas idéias e convencer as pessoas do potencial delas, portanto, fechar o ciclo de 2023 com esta mudança é significativo em muitos níveis, viu.
E a gente segue, fingindo que sabe de alguma coisa, mesmo quando não entende uma vírgula do que tá acontecendo -porque a gente aprende no meio do caminho mesmo, enquanto troca a roda com o carro em movimento.

10. Como nem tudo são flores...

Eu não poderia encerrar esse post apenas falando das coisas boas, afinal... vida real!
2023 também me trouxe momentos desagradáveis, entre eles, as vezes que eu passei por ataques homofóbicos que me deixaram atônito, sem reação, sem palavras.

Pra você, amiga heterossexual que -talvez- felizmente nunca passará por isso na vida conseguir exercitar a empatia, a sensação de paralisia após um ataque desse tipo leva a gente, em seguida, a uma espiral angustiante que mistura a busca por respostas para perguntas sem respostas tipo "o que e fiz pra essa pessoa?" ou "será que eu tava andando errado ou dando pinta?" com raiva por não ter conseguido reagir, já que você estava se sentindo paralisado.

O gosto que fica na garganta por ter que lidar com isso em 2023 é muito amargo e eu confesso que ainda fico chocado por ter que lidar com isso em São Paulo com maior frequência do que em Brasília.

Nem sei se dá pra usar "felizmente" neste caso, mas pelo menos, não houve violência física, "apenas" palavras -que machucam tanto quanto tapas/socos/pedras.

Outra coisa bem desagradável foi que tentaram me assaltar a poucos passos do portão do meu condomínio semanas atrás.

Em uma fração muito curta de tempo, ouvi palavras indistintas enquanto senti a pressão de um soco na cabeça por trás, que me fez perder o equilíbrio e me ralar um pouco no tronco da árvore que estava um pouco adiante na calçada. 

De novo, a sensação amarga e a busca por alguma forma de não surtar, não entrar em paranóia, afinal, aconteceu ao lado do portão de casa, mas eu não posso ficar preso dentro do muro do condomínio: a vida acontece do lado de fora e eu preciso sair, pois a vida adulta me chama.

Mais uma vez, a espiral: a gente começa a procurar justificativa para o injustificável, se perguntando o que fez de errado: "mas eu nem tava com o celular na mão", "será que foi porque eu tava com fone no ouvido?", "será que não foi porque dava pra ver que tinha um celular grande no seu bolso?", "Tá deixando o celular em casa, né, Matheus?"...

Eu tive que solicitar as imagens das câmeras de segurança do condomínio e, honestamente, foi tão horrível reviver aquilo na tela que eu sequer tive forças de abrir um Boletim de Ocorrências online.

Infelizmente, a gente vive nesse cenário de violência que pode deixar a gente estagnado e não há nada leve ou romântico para dizer sobre isso.
É uma merda.
Ponto.

Apesar da merda, o saldo do ano foi bem positivo e eu espero poder escrever um post assim, cheio de coisas positivas, daqui a 12 meses.

Encerro por aqui, desejando que seu fim de ano seja incrível e que 2024 traga pra gente saúde, força, estabilidade emocional e bons jobs que nos permitam realizar sonhos.

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UPDATE

Eu finalizei o post mas esqueci de mencionar alguns pormenores, entre eles:

Atualizei meus equipamentos de trabalho -a
lguns deles, como o computador, estavam comigo há uma década; meu celular já tava bem defasado, pedindo socorro e eu sempre priorizei ter boas ferramentas para conseguir entregar bons conteúdos.
Esse upgrade dos equipamentos foi iniciado no ano passado, mas tô fechando 2023 com tudo novinho (inclusive, troquei de câmera também, mas não amei a nova e já tô com inteção de atualizar de novo em breve, rs).

Não poderia deixar de comentar também que, obviamente, não consegui realizar todas as metas que eu planejei (e tudo bem!), entre elas: um bazar -que deveria ter acontecido há mais de um ano, e finalmente vai acontecer em janeiro-, uma newsletter que já virou quase lenda urbana, nosso clube de assinatura e um curso ou workshop pra gente poder trocar ideias e figurinhas juntos.
Importante colocar isso aqui também pra não passar aquela impressão de "nossa, a mona arrasou, conseguiu tudo, quanta realização pessoal!", hahaha.
Sim, me sinto muito realizado, mas também abracei minhas limitações, respeitei meu tempo e meu compromisso de fazer as coisas com comprometimento e qualidade, ou seja: tem coisas que simplesmente vão ter que esperar e pronto!

Agora sim, acho que posso encerrar, rs
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Brigado pela sua companhia e a gente se encontra em breve, por aqui ou nas redes sociais por aí.

Bjs do Math e até a próxima!

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