O home office foi o primeiro cômodo a ficar pronto quando a gente mudou para esse apartamento, anos atrás e, desde então, ele teve algumas mudanças, mas sempre se manteve numa vibe parecida com essa aqui, num mood quase loja de brinquedos antigos: tudo bem vibrante, coloridão, de um jeito fazia muito sentido pra mim (naquele momento), mas não faz tanto hoje mais...
Imagino que eu não seja a única pessoa a sentir todos os efeitos de esgotamento e cansaço mental da pandemia na pele, e trabalhar diante de um cenário tão complicado (isso quando tinha trabalho, não é mesmo?) em um ambiente tão vibrante e saturado era uma coisa que já não estava combinando.
Na verdade, eu já sentia antes mesmo da chegada da pandemia que eu precisava muito mudar os ares desse cômodo, mas por algum motivo qualquer, não conseguia e sentia que a energia tava parada, que eu precisava de novos ares para experimentar coisas novas para crescer, evoluir...
Alguém aí já sentiu algo parecido a ponto de conseguir me entender?
E foi o que eu fiz -tirei muita, muita coisa do meu campo de visão (e não haveria algo melhor que eu pudesse fazer por mim mesmo, amém).
Pouco antes dessa mudança, rolou aquele babado do lilás (se você me acompanha no instagram, sabe do que eu tô falando): pintei uma parede inteira de lilás -a parede do computador, exatamente aquela para qual eu olho por horas ao longo dos dias -e essa foi a mudança mais significativa desde a nossa chegada aqui no apartamento... significativa a ponto de deixar ainda mais claro que eu precisava mesmo era de uma caixa branca pra ordenar as ideias, rs.
Bem, o lilás durou tão pouco tempo e foi tão insatisfatório que eu sequer registrei; foi um surto breve que me ensinou muita coisa, sendo a principal delas, como dosar uma cor para que ela não se torne um pesadelo, rs.
O principal problema com o lilás aqui foi o efeito psicológico: por mais que a cor tenha uma mensagem linda de cura e espiritualidade que eu gosto (tanto que fiz esse editorial aqui), não era compatível com o que eu tava sentindo, com a minha necessidade de ser mais prático e organizar minha vida para crescer no momento, buscando sair de onde eu estava, deixando para trás o que vem me estagnando...
Azul carrega consigo duas coisas que eu estava, claramente, precisando muito no momento -paz e equilíbrio.
Pois pronto: pode entrar, rs.
Tava muito claro na minha cabeça que essa seria, sim, minha cor do momento, mas eu não tinha muita coisa azul por perto, não queria nem poderia gastar dinheiro comprando objetos apenas para decorar um ambiente, então, segui alguns passos e conto pra vocês a seguir.
O azul da porta trouxe luminosidade e leveza, com todo aquele mood de pousada na beira da praia e eu fiquei muito afim de deixar esse clima entrar sem medo...
O segundo passo foi tirar mais cor; depois do lilás, foi o rosa do meu locker que rodou e eu mostrei como fiz nesse reel aqui.
Eu sei que algumas pessoas preferem ele cor de rosa mas eu sempre digo que
1. Sua casa tem que fazer sentido pra você e mais ninguém;
2. A vida é muito curta para a gente ficar preso a coisas tão pequenas;
3. Caixão não tem gaveta 😂
Diante de tudo o que eu tô explicando nesse post, acho que vocês consegue entender a razão pela qual eu pintei ele numa cor neutra, né...
Em seguida, veio a criação do lambe lambe de palmeira, inspirado em uma pintura na entrada do Blueys, um café que fica em Los Angeles...
Eu amei a simplicidade da fachada do Blueys -algo meio "galpão" de madeira branca com um coqueiro desenhado "solto" ali perto da entrada, sem muita firula, com um traço absolutamente simples e nada mais; aquilo atraiu meu olhar e entrou imediatamente para minhas pastas de referências.
A partir disso, eu criei o lambe-lambe "Respira Fundo", que tá disponível (também em versão pôster) na B.math.
Essas etapas estão detalhadas nesse idea pin:
Como já mencionado antes, eu não queria e nem poderia gastar muito dinheiro além do que já tinha investido na tinta; então eu fui remanejando coisas aqui dentro mesmo, trazendo alguns itens de outros cômodos da casa pra cá, levando alguns do home office para outro lugar, até que foi ganhando forma e eu fui percebendo o que estava, de fato, faltando, para criar uma lista de compras bem racional e eficiente.
Em primeiro lugar, considerando que apenas uma cor fria dominando o ambiente pode pesar e cansar bastante, logo, a estratégia para contrapor esse efeito foi trazer pontinhos de fibras naturais claras, num tom levemente amarelado/quente, pra dar aquela aquecida visual -algo parecido com o que rolou no quarto, afinal, o mood é praticamente o mesmo.
Lembra do Unsplash, que eu indiquei aqui nesse post?
- Plantinhas novas (duas bromélias, uma alocácia -essas se adaptaram muito bem ao ambiente- e um clorofito -que ainda não entendeu que vai ter que ficar aqui por bem ou por mal, hahaha);
- Um vaso decorativo da Tok & Stok (que eu tava desejando há muito tempo e entrou em promoção);
- Um cachepô para plantas (esse belíssimo que aparece nas fotos, branco com listrinhas pretas);
- Duas molduras de pinus;
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Telefone Rosa: Crosley
Caixa organizadora de plástico rosa, vela pontinhos azuis: Zara Home
Câmeras: Lomography e instax
Grampeador Rosa: Bee Mine
Por hoje é isso e a dica final é: não tenha medo de mudar, de ousar um pouco as vezes e de se reinventar. Esse processo é uma delícia, principalmente quando a gente consegue, de fato, vincular a casa à nossa personalidade, nosso momento e nossas necessidades.
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