ROTEIRO: PRAIAS DE GUARAPARI

E na reta final da viagem, depois de curtirmos um clima de montanha, pegamos estrada de novo e partimos para Guarapari (veja a primeira parte do roteiro aqui e a segunda parte aqui)

AIRBNB

Nossa chegada em Guarapari foi direto pelo Airbnb -mais um bem fofo e com decoração charmosa (e colorida)- e, novamente, tiramos a sorte grande com uma hostess super gentil, que deixou pra gente uma latinha de biscoitos amanteigados e um cooler novinho + outros itens de praia à disposição.
Alem disso, roupa de cama cheirosinha e macia ganha fácil meu coração ♡

Eu não tirei muitas fotos do apê, mas a decoração tinha uma mistura bem legal de coisas vintage e contemporâneas, com pitadinhas de cor.
Achei fofo e fiquei desejando a mesinha de cabeceira laranja 👀

Para ver mais fotos e ler os comentários das outras pessoas que se hospedaram lá, é só ir para a página do apartamento no airbnb, aqui.

ARREDORES

Logo que chegamos, deixamos as malas e fomos conhecer a Praia do Morro, que fica quase de frente para o apartamento; ao chegarmos na praia, não curtimos tanto (não tinha nada tão interessante e a praia não era tão bonita) e isso gerou um questionamento: será que Guarapari é um lugar superestimado.

Ali ao lado, estava a Praia da Cerca; demos um pulinho lá também e, da mesma forma, não foi algo surpreendente.

No comecinho da noite, demos uma volta por toda a extensão do calçadão da Praia do Morro e eu, particularmente, não curti tanto a estrutura local -e comecei a sentir um certo incômodo porque, diferente de todas as outras partes da viagem, ali tinha bastante gente, sendo que boa parte andando sem máscara.

Concluímos o passeio, voltamos ao apartamento para descansar e, no dia seguinte, fomos explorar outras possibilidades.

PRAIA DE MEAÍPE

Por indicação da Mônica, resolvemos conhecer praias não tão famosas e, por tabela, com menos gente...

Entre as sugestões que nos foram apresentadas, estava a Praia de Meaípe.

Chegando lá, se nota que o lugar não tem aquela estrutura típica de locais explorados para o turismo (e eu não achei isso ruim, tá?): a impressão é de estar chegando numa vila de pescadores onde tudo ainda se passa mais lento, fora da lógica do hype - e a quantidade bem reduzida de pessoas também contribui para essa sensação.

Nessa foto, dá pra ver um pouco melhor a estrutura do local -é por lá onde a gente chega para ter acesso à praia- e, através da imagem, dá pra perceber que poucas construções simples acompanham a orla, com mais espaço para o verde mesmo.

E por falar em verde, uma das partes tristes do passeio foi perceber que tem esgoto sendo despejado direto na praia -eu nem consigo explicar a tristeza que dá ver um lugar tão lindo sendo poluído e esse fato sendo negligenciado como se fosse algo ok...

Eu percebi o que tava rolando enquanto andava pela orla, tirando algumas fotos, até chegar num canto onde a água tinha uma coloração bem mais escura e havia um cheiro "diferente" no ar.

Atravessando para o outro lado da praia, passei por uma pequena ponte e confirmei minha triste dedução ao perceber que por baixo da ponte passava um rio/córrego preto e super malcheiroso, que deságua diretamente na praia, a poucos metros dali.

Ironicamente, ao lado dessa ponte, existe um canteiro com várias plaquinhas falando sobre sustentabilidade e uso consciente da área e a parte mais bizarra é que isso acontece numa área de reserva ambiental -exatamente para onde eu estava indo quando passei sobre a ponte.

Tirando essa surpresa desagradável, passar algumas horas ali foi maravilhoso: a água é calminha e, pra quem ama observar barquinhos como eu, existem vários deles por ali.
Aproveitei, inclusive, pra tirar muitas fotos deles -já disponibilizei algumas como wallpaper no insta- até que me deu vontade de ir para o rumo igrejinha que se destacava entre algumas casinhas.

O caminho pra chegar até a igrejinha é curto, mas cheio de pequenas surpresas visuais: à medida em que fui caminhando, a mesma paisagem, vista por diferentes ângulos, ia ganhando novas perspectivas e quem também curte fotografar deve saber do que eu tô falando...

Ali perto, a combinação entre simplicidade e calma me fez lembrar como eu estava com saudade de me perder em ruas e vielas por aí...
Chegando perto da igrejinha, por uma praça, percebi que ela estava fechada e não seria possível fotografar como eu gostaria, mas a curiosidade me fez subir uma ladeira que parecia dar em lugar nenhum, até chegar em um dos meus pontos favorito de toda a viagem. 

Ali, por trás da igrejinha, no lado oposto ao da praia, havia uma praia bem selvagem e vazia, já que a água se encontrando de forma intensa com as pedras é algo lindo de se ver, mas não seguro para um banho de mar, rs.

Vou confessar que, num primeiro momento, deu até um certo medinho de estar em um lugar "isolado" e desconhecido pra mim, mas a sensação de estar ali sozinho explorando algo tão lindo foi vencendo e eu só entendi o que tava rolando quando encontrei a placa de sinalização de Área de Preservação Ambiental.

Minutos depois, eu estava totalmente à vontade, subindo e descendo pedras e surpreso a cada minuto com tanta beleza daquele canto inexplorado e nada do que eu escreva aqui seria suficiente para traduzir a sensação que tive ali -acho que, talvez, as fotos e vídeos representem isso minimamente, já que, por texto, realmente fica bem difícil.

PRAIA DA ALDEIA

Nossa despedida do Espírito Santo foi na Praia da Aldeia, outra indicação da Mônica -e mais um lugar pouco explorado, calminho e com paisagens maravilhosas, que a gente curtiu até anoitecer e precisar voltar pro apartamento para arrumar as bagagens.

Uma curiosidade sobre a Praia da Aldeia é que ela fica numa área de condomínios milionários, com casas bem bonitas que tem a praia como quintal -o acesso se dá através de uma passarela de madeira.

Se você procura uma praia com infraestrutura, barraquinhas, quiosques etc, a Praia da Aldeia não é pra você. 
Mas se você quer um contato mais calmo e sereno com a natureza, você vai amar.
A gente aproveitou cada segundo ali, subindo as pedras, apreciando as cores mudarem no céu enquanto o sol se escondia, enquanto tentávamos fazer amizade com um catioro fofo que estava passendo sozinho por ali.

Depois de um certo ponto caminhando, subindo e descendo pedras, você sequer enxerga casas -é tudo realmente bem preservado e foi uma ótima forma de dar um "tchau, até breve" ao mar enquanto eu concluía que não, Guarapari não é um lugar superestimado -basta você saber onde vai querer ficar.

No fim das contas, essa viagem foi tudo o que a gente precisava no momento: uma válvula de escape, literalmente, onde foi possível, em família, substituir um pouco do caos nos pensamentos por pausa e oxigênio;

Como sempre, quando vamos conhecer um lugar pela primeira vez, rola aquela expectativa e o Espírito Santo não nos desapontou em nada, pelo contrário: a gente saiu apaixonado e achando o estado subestimado, pois, com tanto a oferecer, ainda é um lugar não tão reconhecido/falado/badalado.

Poder experimentar diferentes experiências numa mesma viagem também contribuiu para voltarmos boas memórias na mala.

Como eu disse no primeiro post, aqui tem um resumo com as coisas organizadas por tópico, cronologicamente, mas nos destaques, no meu perfil no instagram, você consegue ver um pouco mais da viagem.

E se você curtiu acompanhar tudo e se inspirou pela viagem também, tô deixando aqui em baixo a playlist com as músicas que eu mais curti durante a viagem e que usei nos vídeos.
Além disso, tô salvando tudo na minha pasta de viagens no Pinterest e sugiro que você faça o mesmo.

Por hoje é isso...

Beijos do Math e até a próxima!