ROTEIRO DE VIAGEM - ESPIRITO SANTO: VITORIA E VILA VELHA

Essa viagem já foi postada praticamente inteira no instagram através de stories e tem vários vídeos fofos salvos no destaque no meu perfil (@blogdomath, já segue?), mas se tem um tipo de conteúdo que, pra mim, tem que ser por escrito, é roteiro de viagem: eu amo ver as informações anotadinhas pra facilitar a hora de organizar tudo e tambem acho fundamental poder salvar tudo numa pastinha no Pinterest pra rever depois, em caso de dúvida (minha pasta de viagens é um dos meus xodós lá), portanto, pra quem pensa como eu, aqui está o roteiro da nossa viagem pelo Espírito Santo.

Algumas pessoas perguntaram "porque o Espírito Santo?" e a resposta mais honesta é: seria o destino com menor probabilidade de aglomerações no litoral -e, de fato, foi assim a viagem inteira; nós filtramos e conseguimos passar por lugares incríveis sem tumulto.

Ângelo foi com a gente e, quando se tem criança junto, tudo tem que ser adaptado em torno delas...
Por mais que o Ângelo já tenha 7 anos e seja consideravelmente independente, a quantidade de passeios e as praias escolhidas precisavam ser pensadas de forma que ele pudesse participar de tudo, logo, o roteiro serve pra quem quer conhecer o estado na companhia de pequenos também.

Eu organizei o conteúdo em 3 partes, a partir dos lugares onde ficamos, e ele vai entrar no ar aqui no blog sequencialmente, combinado?
A primeira parte, que você está lendo agora, é relacionada aos nossos 3 primeiros dias no Espírito Santo, com passeios entre Vitória e Vila Velha.

AIRBNB

Chegamos em Vitória numa sexta-feira à noite e ficamos até terça, pela manhã, no primeiro Airbnb da viagem, na Praia de Camburi;

Quem viu os stories deve lembrar: o primeiro Airbnb é o apartamento com quarto verde e banheiro com azulejo antigo com estampa de margaridas;

Além da localização maravilhosa, o apê é bem completinho também, com um espaço bem confortável para 4 pessoas e o host, Danilo foi muito gentil e solícito.

Eu gosto de dizer que a gente não faz viagem de Patrícia/blogueira rica, mas também não seguimos a linha mochilão: a gente fica num meio do caminho onde conforto, valor acessível (e beleza/charme, pois não sou obrigada a nada) se encontrem -e esse Airbnb se encaixava perfeitamente nesses quesitos.

Se você também não é Patrícia nem mochilão e quiser conferir ou salvar na sua lista pro futuro, o link do primeiro Airbnb tá aqui.
Na página, você pode ver os comentários de quem já se hospedou lá anteriormente, inclusive o do Sander, que foi quem fez a curadoria de hospedagem de toda essa viagem.

E os arredores?
O apartamento ficava, literalmente, de frente para a praia e por perto tem comércio com padaria boa, mercado e afins (coisas bem importantes quando você opta por Airbnb ao invés de hotel) e isso por si só já conta bastante.

PRAIA DE CAMBURI

Calma e sem muita badalação, a Praia de Camburi era bem o que a gente tava querendo e nem sabia.
Achamos tudo muito bem cuidado e limpo (não tinha sujeira na areia, no calçadão nem na rua em si) e, apesar de não termos usado, os banheiros eram todos novinhos e dava pra ver ao longe que também recebem atenção e cuidado; nesse quesito, a gente ficou muito surpreso positivamente.

A água da Praia de Camburi também é bem tranquila, sem ondas muito violentas e o Ângelo aproveitou bastante.

Não sabemos se era por conta da pandemia, mas não tinha aluguel de cadeira e guarda sol lá nos dias em que ficamos.
A gente acabou sentando na areia mesmo e tudo bem... felizmente, tava meio nublado, então o sol não maltratou.

Eu não sei muito bem o que opinar em relação à praias em geral porque minha relação com elas é mais contemplativa e eu quase nunca entro, sabe?
Na Praia de Camburi, você não vai encontrar nada tão surpreendente ou chamativo, mas se estiver tentando fugir do tumulto (como a gente estava) e buscando por um lugar bem localizado, calmo, limpinho e gostoso para um dia sem caos, pode ser uma boa pedida.

VILA VELHA

Sábado, o nosso primeiro dia inteiro no Espírito Santo, foi por ali mesmo, nos arredores do Airbnb, na Praia de Camburi.
E no domingo, a gente foi conhecer um dos pratos típicos da gastronomia capixaba em um restaurante na Barra do Jucu, em Vila Velha: o Espera Maré.

Esse quintal rústico com mesinhas em baixo da sombra das árvores acompanhado do frescor da água no deque não tá nos roteiros turísticos mais conhecidos e foi indicação do Mandel, irmão da Athena -uma das minhas melhores amigas.
Ali por perto, antes mesmo de chegar ao restaurante, eu fiquei encantado com os muros das casinhas, todos bem coloridos e com artes feitas em relevo com motivos religiosos e folclóricos.

Sobre o restaurante em si: clima super agradável, decoração fofa, bom atendimento e comida boa. Muito boa!

Por falar em comida, aliás...
Existe uma disputa entre capixabas e baianos sobre quem tem a melhor moqueca (a disputa inclui também o nome do prato, rs) e, em relação a isso, eu só posso fazer a Glória Pires e dizer que não sei opinar.

Brincadeiras à parte, eu sou completamente apaixonado pela moqueca baiana e amei conhecer a moqueca capixaba também -amei mesmo, é maravilhosa e eu queria muito que a tela tivesse pelo menos cheiro, pra vocês terem uma ideia do que eu tô falando...

Mas eu jamais conseguiria escolher entre uma das duas (baiana ou capixaba) e só posso dizer: eles que lutem.

Tendo onde comer, lá estarei, aproveitando das duas 😂

Espera Maré:
Av. Ana Penha Barcelos, 166; Barra do Jucu, Vila Velha (clique para abrir o mapa)

De segunda a domingo, das 11h30 às 17h

Informação inútil: lá, no Espera Maré, conheci um guaraná local chamado Coroa e, menina do céu, tô apaixonado.
Ele não é tão facilmente encontrado (procurei dele em todo o resto da viagem, kkk), mas tem um gostinho de tutti-frutti bem gostosinho.
Se você é do time que toma refri, fica aí a dica de desserviço para a boa alimentação mundial, rs.

Depois de sair do Restaurante, ainda em Vila Velha, mas agora na Praia da Costa, tomamos sorvete em um café chamado La Basque e fomos caminhar um pouco na orla; aproveito pra dizer que a Praia da Costa não é tão recomendada para crianças; Ângelo ficou super empolgado querendo brincar, mas as ondas eram BEM fortes e altas.

CONVENTO DA PENHA

Começamos a segunda-feira atravessando a Terceira Ponte para conhecer o Convento da Penha, um santuário religioso com mais de 450 anos, localizado num penhasco de 150m de altitude.

Cercado por um pedaço de mata atlântica, o acesso ao Convento se dá através de carro, van ou à pé (explico melhor um pouco adiante)...
Sander e eu subimos caminhando mesmo e eu achei que seria uma caminhada bem mais intensa, mas foi super de boa, devido às curvas, que deixam o trajeto menos íngrime.

A caminhada da subida é relativamente curta e cercada por verde -eu achei que teria alguma vista especial da cidade no meio do caminho, mas não tem, rs.
Aquela vista especial rola quando a gente chega lá em cima, de onde se pode ver a Terceira Ponte e observar Vitória por um ângulo super especial.

No nível da "entrada" do Santuário, existem dois mirantes, mas um nível acima, através de um acesso por escadas, estão a capela e algumas salas com exposições, onde você tem vistas lindas emolduradas pelas janelinhas azuis nas salas de exposição e na Capela (foi meu ponto favorito do passeio).

Em tempos de pandemia, algumas regras foram implementadas em relação às visitas;

Os acessos de carro estão restritos e, para quem quiser subir de van, existe uma taxa de R$5 para subida e descida (ou R$3,50, caso você queira apenas uma das partes do trajeto).
O uso de máscara é obrigatório e, como o espaço é bem aberto, evitar tumulto é bem fácil e depende de cada indivíduo (eu só vi gente sem noção muito perto uma da outra na fila para a van e na entrada da capela).

Além da estrada principal, por onde a gente subiu, existe também uma outra, chamada "Ladeira da Penitência", bem mais íngrime e longa, onde religiosos sobem cumprindo promessas.

A gente não tem vínculos religiosos, então, subimos meramente pela vista e a estrada principal já estava de bom tamanho, mas fica a dica a quem possa interessar :)

Você encontra todas as informações sobre horários de funcionamento, visitas, restrições e mais na página oficial do Convento, aqui

PONTA DA SEREIA

Depois do convento, fizemos uma parada na fábrica da Garoto, que está fechada para visitação; passamos na loja e ficamos surpresos com os preços: os produtos lá são mais caros do que em qualquer outro lugar, logo, fica mais uma dica -só vá se você estiver muuuuito afim. Não existe nada de tão especial assim na loja para justificar uma parada ali.

Depois da frustração com a loja, seguimos para a terceira parada do dia: a Ponta da Sereia, que fica ao lado da Praia da Costa, com um bônus: devido às formações rochosas mostradas no gif acima, a água se torna calma, fazendo desse um cantinho ideal para crianças.

Toda essa parte onde se dá a "junção" da Praia da Costa com a Ponta da Sereia (fica realmente numa pontinha, rs) é muito bonita, com uma beleza difícil de capturar na lente, sabe?

A água bem clarinha é apenas parte de um todo que não cabe na telinha, em uma imagem estática (talvez fosse mais fácil fazer uma captura legal se eu não tivesse esquecido de levar o drone para a viagem, rs).

Chegamos aqui aproximadamente as 14h e, nesse horário, tava tudo bem vazio e tranquilo -inclusive nos quiosques.

Mais no fim da tarde, foram chegando algumas famílias com crianças e a gente aproveitou que estava ficando um pouco cheio para irmos ao próximo e último ponto do dia...

PRAIA SECRETA

Se você observar a última foto da Ponta da Sereia, vai perceber que atrás dos prédios, na imagem, existe um morro coberto por vegetação; é ali atras onde fica escondidinha a Praia Secreta.

Depois de recebermos feedbacks de amigos que Capixabas que nunca tinham ouvido falar da Praia Secreta,comprovamos que seu nome não é uma mera metáfora, ela realmente não é uma das praias mais conhecidas...

E como descobrimos a Praia Secreta?
Ela foi indicação da Bárbara, esposa do Mandel (que deu a dica do Espera Maré).
Quando nos falou da Praia, Bárbara explicou o caminho e deixou bem claro: quando você estiver indo pra lá, vai parecer que não está chegando em lugar nenhum, até encontrar um buraco num muro bem insignificante: é lá mesmo que você vai entrar 😂

De fora, parece realmente que você está entrando numa cilada.
Pouquíssimos passos depois, isso:

No caminho para a Praia Secreta, deu pra entender que aquela é uma região com vários terrenos que possuem acesso privado à vistas incríveis e esta praia fazia parte desses lugares reservados, restrito a um grupo muito pequeno de pessoas.
Não sabemos exatamente como e quando esse acesso passou a ser de todos, mas ali, ouvindo as ondas e contemplando o céu se encontrar com o mar no horizonte sem interferência dos prédios, aquela boa e velha sensação de paz tomou conta e todo o tom da viagem mudou pra mim ♡

A Praia Secreta tem um charme meio selvagem e mais "nada": não tem estrutura de barraquinhas (só vi uma, improvisada) nem quiosques e essa é exatamente a graça -ao lado de uma das praias mais populares e conhecidas do estaod, você tem acesso a um lugar quase intocado...

Naturalmente, subir as pedras e ir até o outro lado também é por sua própria conta, mas dá pra fazer tudo na boa: as subidas são tranquilas e vale a pena chegar até o outro lado, onde eu fiz as duas fotos acima.

Até a Ponta da Sereia, tava tudo ok na viagem pra mim, mas foi aqui que eu senti algo diferente e fiquei mais empolgado, torcendo para a gente encontrar mais pontos de conexão com a natureza assim nos dias seguintes.

E foi aqui, na Praia da Sereia, nossa despedida da primeira parte da viagem, que continua na estrada, no próximo post.

Caso eu tenha esquecido de comentar algo relevante sobre qualquer um dos lugares ou tenha surgido alguma dúvida por aí, é só comentar aqui em baixo, combinado?

Agora que eu já falei muito, quero saber: você já conhece o Espírito Santo?
Tem vontade de conhecer?

Eu vi muita gente falando que tinha ficado com vontade depois dos meus stories e achei isso incrível :)
Me conta aí como estão seus planos/projetos de viagem em meio a essa loucura que tá o mundo também, vamos trocar figurinhas...

Por hoje é isso!
Bjs do Math e até a próxima