Eu sempre fujo de atrações muito turísticas durante as viagens, mas também entendo que é importante conhecer pontos que ajudam a contar a história dos lugares, então, venho trabalhando isso internamente com um mindset de mais respeito por esse tipo de passeio , intercalando com coisinhas únicas e fora do mainstream, que foi exatamente o que fizemos na nossa primeira vez em Londres: passamos 6 dias lá mesclando gastronomia, compras e passeios por pontos turísticos para deixar tudo mais equilibrado e, mesmo já tendo feito vídeos sobre a viagem (a playlist com todos os videos da viagem tá aqui), eu decidi fazer em post também porque amo esse formato de conteúdo e acho mais fácil de encontrar tudo depois de algum tempo.
Resolvi fazer três mini guias de Londres baseados na minha primeira vez na cidade: um sobre passeios e pontos turísticos (o de hoje), outro sobre comida e um sobre compras.
TOWER BRIDGE + TOWER OF LONDON
Eu, que não sou muito chegado em clicar pontos turísticos, carrego um leve arrependimento de não ter fotografado a ponte direito, então, fica a dica: mesmo que você também seja da vibe wannabe a local, tirar algumas fotos desses pontos não vai fazer cair seu dedo e é bom ter um registro só seu daquele lugar pra relembrar depois (ou mesmo para fazer um post num blog, que seria o meu caso).
Importante: não confundir com London Bridge, tá?
Graças ao clipe da Fergie da música "London Bridge" (que ela gravou na Tower Bridge), muita gente confunde, inclusive eu.
Acontece que a London Bridge tá logo ali pertinho, mas é uma ponte bem normal, sem nada de tão interessante e charmoso como a torre icônica, por isso, dona Fergie confundiu a nossa cabeça...
E acredite: se você jogar "London Bridge" no Google Imagens, basicamente você vai ver a Tower Bridge. Acho que poderiam até trocar de nome, né non?
Ahaha
Atravessando para o outro lado do rio Tâmisa, a gente tem acesso ao Tower Of London (ou Torre de Londres, em bom português), um castelo gigante/enorme que já serviu de residência real e hoje é um ponto turístico visitadíssimo, cheio de bente buscando conhecer um pouco mais da história que todas as muralhas e parede guardam.
O castelo, que tem várias torres -divididas por "temas" para visitação-, durante muito tempo, foi usado também como prisão.
No vídeo, até falei um pouco sobre sentir uma energia muito densa lá dentro e é real: apesar de o castelo ocupar uma área gigantesca, eu me senti claustrofóbico em vários momentos durante a visitação.
A real é que o castelo tem mais cara de prisão do que de residência real mesmo, sabe?
Apesar de ter uma área externa super interessante, a única parte fechada que gostei foi a das jóias reais -mesmo tendo achado uma "fraude", afinal, uma torre inteira foi usada para expor poucas jóias que ficam em apenas duas salas.
Mas elas são tão maravilhosas que faz valer a pena.
Uma outra torre, bem grande e com várias salas, guarda a parte bélica, e ali eu senti um pouco dessa vibe pesada, afinal, guerra é uma parada muito densa para a minha mente e estar diante de toda aquela grandeza destinada a esse fim, não foi tão confortável pra mim.
Além de prisão, o castelo também foi usado como lugar de tortura e é possível passar por uma sala onde ficam alguns dos instrumentos que eram usados para esse fim.
O ambiente é bem escuro -mesmo com iluminação artificial-, pois fica num nível abaixo do solo e eu passei bem rápido, porque, apesar da minha curiosidade, não me senti muito bem em ver o que vi ali.
Mais bizarro do que isso, apenas a praça cercada de plantinhas e "casinhas" fofas destinada a decapitações e coisas do tipo -em público.
Dizem inclusive que existem fantasmas de pessoas que foram exterminadas ali e que assombram diversos lugares do castelo.
Não sei se acredito exatamente em assombrações, mas eu diria que, com tanto sangue, morte e sofrimento por trás, por dentro e por baixo de cada centímetro dessa estrutura, não me surpreenderia nada saber que existe algo desse tipo por ali...
Falando assim, pode parecer um passeio super creepy e bizarro, mas não foi ruim...
Na verdade, foi ótimo porque é algo bem fora da nossa realidade e uma experiência para lembrar pra sempre.
A sugestão é que você reserve pelo menos 2 horas para o passeio e se tiver disponibilidade de fazer com um guia, talvez fique mais fácil de entender a lógica e a estrutura do castelo, que tem muita história pra contar.
Cada ingresso para entrar no castelo custou aproximadamente £30, ou seja, mais ou menos R$170.
Comprando online (nesse link aqui) a entrada fica 10% mais barata.
Para saber como chegar e horário de funcionamento, clique aqui
NEAL'S YARD
Neal's Yard é um bequinho/passagem cheio de cor e personalidade que, apesar de não ser um dos pontos turísticos clássicos de Londres, recebe todos os dias gente do mundo inteiro, principalmente hoje, já que as pessoas constroem roteiros baseados em dicas encontradas nas redes sociais.Aliás, foi assim que eu descobri o Neal's Yard: numa busca por lugares alternativos, diferentes, coloridos e criativos em Londres através do instagram.
O cantinho, que fica na região de Covent Garden, já serviu de mercado de hortifruti e hoje, cheio de janelas em cores vibrantes contrastando com o marrom dos tijolinhos do seu passado, abriga um mix variado de coisas: farmácia (a primeira do mundo a não fazer testes em animais está lá), cafés, loja de queijos artesanais, loja de produtos orgânicos e outras coisas das quais não me lembro.
O lugar é bem fotogênico mas está sempre bem cheio, então, se você quiser uma foto menos tumultuada, chegue bem cedo -para conseguir fotos assim, eu cheguei lá aproximadamente 9 da manhã.
Quando cheguei, estava bem tranquilo e alguns minutos depois o lugar ficou repleto de gente.
É um basicamente isso mesmo: um bequinho fofo cheio de janelas coloridas, mas numa localização incrível, cheio de lojas maravilhosas por perto, e não tem que pagar para entrar, obviamente, então, se você estiver passando por Covent Garden -algo quase inevitável-, aproveite para dar um pulo e garantir sua foto colorida e, quem sabe, tomar um café sentad@ nos banquinhos ou mesinhas que ficam ali no pátio.
P.s.: não deixe de explorar as ruas próximas. Tem muita coisa fofa, muitas fachadas coloridas, vale muito uma caminhada sem compromisso pelas ruas ali perto (exemplo: essa lojinha de produtos de beleza aqui em baixo):
Onde: 17 Short's Gardens WC2H 9AT
Horários: segunda à sábado, das 10h às 19h. Fechado aos domingos
HYDE PARK
Mais um passeio free: Hyde Park, o maior, mais antigo e mais famoso parque de Londres e que é tipo um oásis no meio do caos da cidade.
Nós visitamos o Hyde Park depois de uma volta pela Oxford e a sensação de fugir da confusão do trânsito e entrar ali e ver todo esse verde é, literalmente, uma dose de oxigênio para as idéias.
O parque é realmente beeeem grande, tem muitas árvores, inclusive algumas espécies que nossos olhos não estão habituados, e eu amei que a gente foi no finalzinho da tarde em um dia ensolarado (acredite se quiser, todos os nossos dias em Londres foram ensolarados) e eu amo observar a luz dessa hora do dia interagindo com a natureza...
Uma das coisas que esqueci de fotografar mas aparece no vídeo é o "lago" onde ficam vários patinhos nadando...
A gente apenas passou pelo parque e não ficamos, não paramos para comer nada ou fazer alguma das atividades possíveis lá dentro, e ainda assim, foi um passeio super agradável.
SKY GARDEN
De cara, uma das coisas mais legais de Londres é como o novo e o velho se fundem e convivem pacificamente... Existe um respeito e uma apreciação com o que é clássico no contrafluxo de uma busca constante por inovação e evolução, o que resulta nessa colcha de retalhos maravilhosa.Um desses prédios modernos, conhecido como Walkie-Talkie (olhando de longe, ele realmente lembra um walkie-talkie, por isso o nome), fica localizado na região financeira da cidade e permite visitação gratuita ao último andar mediante reserva de horário.
Lá do alto, no trigésimo quinto andar, a gente pode ver a cidade a partir de um espaço incrível, o Sky Garden -que eu conheci através do Insta da Renata do @mind.the.flat (e que conhecemos também na companhia dela, que foi uma queridona e fez as reservas pra gente).
O jardim, rodeado por uma estrutura toda de vidro, permite uma visão em 360º da cidade e é dividido em dois níveis: no primeiro tem um bar e, subindo pelas escadas, se tem acesso a dois restaurantes, que ficam literalmente no meio das duas partes.
Não fomos ao restaurante, mas nem precisava, porque só a vista da cidade já vale a subida.
E sim, o lugar tem mesmo um jardim com plantas que lembram bastante as plantas tropicais da nossa flora aqui no Brasil.
Com a luz maravilhosa que entra por todos os lados, sem muito esforço você consegue tirar fotos lindas.
Funciona de segunda à sexta das 10h às 18h e, nos fins de semana (inclusive domingo), das 11h às 21h.
Lembra que eu disse que o acesso é grátis?
Pois bem, basta entrar no site oficial (aqui), clicar em "Book Your Free Visit", escolher a data e depois o horário.
Os horários de entrada tem intervalos de 15 minutos, mas você pode ficar o tempo que quiser lá em cima.
As reservas são feitas dentro do prazo de 3 semanas, então, fique atento para marcar perto da sua data de viagem (lembrando que é bem concorrido, então, quando estiver perto, garanta logo seus tickets).
Chegando lá, é preciso passar por uma revista (que acontece em todos os lugares com apelo turístico para evitar atentados terroristas), subir pelo elevador e aproveitar a vista!
Onde: 20 Fenchurch Street EC3M 8AF
BUCKINGHAM PALACE
De todos os lugares visitados, pra mim, o Palácio de Buckingham provavelmente foi o mais "desnecessário" porque eu tenho um total de zero encantos com a realeza, mas também não poderia ficar de fora porque era momento de marcar aquele "check" na lista de coisas que eu mencionei no começo do post, né...
Mas porque "desnecessário", Math?
Porque a gente sequer tinha interesse de entrar, então, fomos realmente só pra dar um oi por fora, ver a fachada e pronto, tava valendo. Logo, se você tem interesse na visitação, infelizmente, vou ficar devendo isso pelo meu ponto de vista, mas listei aqui um post com dicas em português.
Logo ao lado do Palácio fica o Green Park, mais um parque lindo por onde a gente passou e eu também recomendo uma voltinha por ele depois da sua visita à Rainha...
CARNABY STREET
Eu não sabia se deveria colocar a Carnaby Street nesse post ou no post de compras, já que é uma rua colorida cheia de lojas, mas entendo que seja turismo de compras, então, tá aqui mesmo, rs.Na Carnaby, você encontra algumas das maiores marcas do mundo em suas versões descoladas.
As fachadas são super fofas e cada bequinho vale a visita.
Infelizmente, eu passei por lá bem rápido, visitei poucas lojas e cheguei a clicar um bequinho muito fofo, mas acho que perdi as fotos...
Bom que fica pra conhecer com mais calma quando voltar.
Como eu passei lá duas vezes em horário de pico, tava abarrotado de gente mas suponho que pela manhã, mais cedo, seja possível apreciar a beleza da rua sem o movimento frenético dos pedestres.
CAMDEN TOWN
Fazendo minhas as palavras da Renata (que nos acompanhou nesse passeio depois do Sky Garden): Camden Town é a 25 de março de Londres.Quando ela falou isso, eu não tinha idéia que ela estivesse se referindo à real farofa que é este lugar -muitas camadas, muita textura, muita coisa acontecendo a ponto de deixar a gente quase sem piscar enquanto tenta entender o frenesi de um lugar que parece cena de um filme kitsch.
Eu sempre amei a idéia de conhecer de perto as inspirações dos artistas que mais me inspiram e ir até o local de origem deles é uma forma de entender um pouco melhor o mindset e o resultado dos trabalhos de cada um deles.
Isso já rolou quando prestei atenção a cada detalhe do Rio ouvindo Tom Jobim a ponto de aumentar ainda mais minha paixão por bossa nova.
No caso de Camden Town, estar ali em meio a toda aquela loucura e diversidade ajudou a assimilar um pouco melhor toda a vibe criativa não linear da Amy Winehouse, que viveu por ali -e tem inclusive uma estátua em sua homenagem.
Chegamos a Camden Town no comecinho da noite, então, não fiz muitas fotos nem muitos vídeos, até porque queria aproveitar a companhia da Renata com a gente e nossa primeira vez em um pub.
Foi maravilhoso, valeu cada minuto e a minha dica para Camden Town é: deixe seus preconceitos trancados no cofre no quarto do hotel e se jogue, aprecie e aproveite cada segundo das experiências vibrantes e exóticas que esse lugar pode te entregar.
LONDON EYE
Propositalmente, deixamos a London Eye como último ponto da viagem, para fechar com chave de ouro -e fez sentido, pois o pôr do sol dali, a 135 metros de altura em visão panorâmica vale muito a pena também.
Além da vista maravilhosa da cidade em si, uma das partes mais legais de ir à London Eye foi descobrir algumas surpresinhas ali pelos arredores: como a roda gigante se tornou um ícone da cidade, é um dos pontos turísticos mais visitados do mundo e tem muita gente circulando perto da London Eye e conhecendo as diversas atrações que fazem o papel de coadjuvante para a atração principal: tem carrossel, feira de antiguidade, pista de skate, lanchonete, bar e café descolado, tudo tornando a área ao redor da roda gigante ainda mais divertida e mágica.
Para apaixonad@s pela golden hour, o melhor horário para visitar a London Eye, pegando o pôr do sol e o comecinho da noite, vendo a cidade "mudar de roupa".
As 32 cabines (que representam os distritos de Londres) comportam até 25 pessoas -na nossa cápsula tinha umas pessoas bem inconvenientes que não tinham noção de dividir o espaço para que todo mundo pudesse apreciar a vista e tirar uma foto, ocupando o mesmo espaço por vários minutos a fio tirando infinitas selfies iguais- e permitem uma visão da cidade por todos os lados, como eu já mencionei anteriormente.
A foto aí em cima mostra um pouco do que eu cliquei lá de cima (tem mais imagens no vídeo).
P.s.: não seja do tipo de pessoa que não tem noção de que lugares turísticos devem ser divididos com os outros, afinal, todo mundo parou sua vida para estar ali e quer levar alguma forma de recordação na bagagem...
O passeio dura 30 minutos e o que se diz é que a roda gira tão lentamente que ela não precisa parar para as pessoas subirem (mas honestamente, pra mim pareceu que ela estava parada mesmo quando a gente entrou, rs).
Curiosidades básica sobre a London Eye:
Ela foi feita para comemorar a virada entre 1999 e 2000 -daí ela ser chamada também de Millennium Wheel.
Se você estiver esbanjando, pode alugar uma cápsula só pra você e seu mozão fazerem o passeio sem ter o risco de dividir o espaço mais ninguém.
Existe inclusive um pacote especial para pedidos de casamento custando a partir de £2800. Troco, meninas...
Todos os anos, ela fica fechada por duas semanas no mês de janeiro para manutenção e você deve checar no site para saber se as datas não vão se chocar com a sua viagem.
Além disso, existe um período do ano em que o horário de funcionamento fica um pouquinho diferente: em junho, julho e agosto ela funciona das 10h até as 20h30 -no restante do ano, o horário é das 11h às 18h.
Importante: chegue antes para garantir que não vai perder seu horário marcado. Ficamos aproximadamente 25 minutos na fila, ou seja, praticamente o tempo de uma volta completa.
A fila dá voltas -literalmente- passando pelo meio da rua. Como a demanda é muito grande, não existe um local fechado, logo, atenção se você estiver indo em dias de muito frio, por exemplo.
Por hoje é isso...
Ainda falta falar de Notting Hill, mas como tem várias fotos fofas de lá, decidi fazer um post a parte para falar desse sonho de princesa realizado.
Se você tiver qualquer dúvida sobre algum dos passeios, recomendo que assista aos vídeos, pois talvez eu tenha respondido sua pergunta em algum deles.
Se não, sinta-se a vontade para usar a caixinha de comentários aqui em baixo.
Quero saber se você já conhece Londres e qual o seu ponto turístico favorito de lá ou, caso não conheça, qual tem mais vontade de conhecer...
Me conta?
Bjs do Math e até a próxima
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