Passando um fim de semana no Centro Histórico de Pirenópolis
Eu já tinha ido a Pirenópolis algumas vezes antes desta, mas nunca havia registrado nada com a intenção de mostrar aqui no blog, porém há bastante tempo eu estava com vontade de retornar e fazer um post apresentando o lugar para vocês.
Não é segredo pra ninguém que eu adoro cidades históricas, né (ano passado teve Cidade de Goiás e Morretes aqui no blog <3)? Amo fotografar detalhes de construções antigas, e Pirenópolis, que fica a apenas 140 km de Brasília (basicamente 2 horas de carro), tem seu charme particular. É impressionante como eu nunca canso de voltar lá, gente...
Pra compensar a saudade e a falta de registro das outras vezes que passei por lá, este post tem muitas fotos e um vídeo no final; então, pra não ficar longo e cansativo, vamos direto ao ponto:
ONDE FICAMOS / HOSPEDAGEM
Desta vez, tínhamos um novo fator decisivo na escolha do local: o filtro "Pet Friendly" por causa do Sushi, o novo integrante da família que sempre vai com a gente aos lugares.
Usar o filtro em busca de lugares que aceitam animais na procura por hotel/pousada diminui muito as opções em qualquer lugar, e, dadas as opções restantes depois do filtro, entramos em contato com algumas e ficamos na "Pouso do Sô Vigário", uma das mais conhecidas da cidade e muito bem comentada/avaliada na internet.
Entre os principais atrativos está a localização da pousada, que, apesar de estar no Centro Histórico, fica em uma rua mais afastada e tranquila.
A fachada charmosa traz mais empolgação a quem chega do que a cara de poucos amigos e o claro desejo de estar em outro lugar da recepcionista que nos atendeu na chegada (não fomos mal tratados, mas a ausência de boa vontade é broxante).
Acontece que esse é um problema recorrente típico em vários lugares na cidade; vou comentar sobre isso no decorrer do post...
Seguindo a típica linha colonial das pousadas da cidade, a decoração do interior contrasta com as cores da fachada: carregada e escura (tem vários quadros espalhados com ilustrações de pessoas com olhar bem medonho pelas paredes, rs. Tive medo de uma menina que tarra precisando ser exorcizada em um dos quadros. Socorr).
A área de lazer interna é bem verde e charmosa, pra compensar a parte comum que eu acabei de mencionar aqui em cima.
Em relação aos quartos:
Ar condicionado - ok
Café da Manhã - bem farto. Ótimo pro meu #ProjetoVerãoDeBurca. Bjs Mariah e Xtina
TV - tipo caixa de fósforo. 14 polegadas de tubo dos anos 1990. Já que era pra ser retrô, podia ser aquela da LG, né, migs... (aqls enjoadas)
Wi-Fi - Não tem e eu gastei todo o dinheiro da minha poupança da Chanel dos sonhos (essa poupança nunca existiu, mas eu quero fazer drama, mim dêxa) pagando pacotes de dados adicionais no celular. PLMDDS, gente... isso não se faz nem com Nazaré Tedesco!
Apesar de não ter wifi e de o vaso sanitário ter uma tampa daquelas antigas que racham e acumulam água (por essa água de Jesus, não me arrasa não!), as toalhas estavam super cheirosinhas e a cama era confortável.
Minha avaliação geral (apesar do WiFi -vou falar isso pra sempre, bjs) é positiva, afinal, nosso critério decisivo era um local que aceitasse o Sushi.
Matheus, kirida, tá reclamando de que então, fia?
Tô reclamando porque não é só porque aceita cachorro que o lugar tem que deixar a gente na mão em outros aspectos, né?
Só lembrando que todas as pousadas e hotéis em cidades históricas pequenas são adeptas do estilo colonial simples e cometem erros primários assim. Foi bem parecido em Cidade de Goiás e com nossos amigos que foram com a gente também (e eles ficaram em uma outra pousada de Ryka, mais cara que a nossa).
Telefone: (62) 3331-1206
CENTRO HISTÓRICO
O lugar é super charmoso, cheio de casas com portas e janelas coloridas, a grande maioria bem conservadas.
Muito tranquilo e seguro, é possível passear sem pressa entre as ruas, becos, vielas e galerias em busca de detalhes escondidinhos cheios de charme que a cidade guarda.
Só pra deixar claro: Pirenópolis não é uma cidade cheia de museus (até hoje não vi nenhum lá, pra falar a verdade), então, a graça do Centro Histórico realmente é apreciar a beleza das casinhas que parecem ter parado no tempo.
Se você faz a linha natureba/colar de miçanga, tem muitas cachoeiras pelos arredores.
Mas esse não é o tipo de programa que eu curto, então, nem fui atrás para mostrar aqui -já conheci algumas e não gostei de nada, rs.
Em pensar que ainda teve um moço tentando me ofender ao me chamar de viado (ou seja, falando o óbvio) em um vídeo sobre chá no meu canal do youtube.
Amor, eu não sou viado, só tô seguindo a Pantone...
Acho que poderia se tornar um ótimo museu, alguém concorda?
Família tradicional brasileira. Bola de pêlos e flamingo: check!
COMIDAS
No caso de Pirenópolis, o regionalismo atrelado ao simples que remete ao caseiro acaba sendo o grande trunfo, por completar a experiência de se estar em um lugar com uma atmosfera que evoca um espírito bucólico e nostálgico.
Por que estou falando isso?
Pela nossa experiência gastronômica da vez... espia só:
MONTSERRAT
Afastado do tumulto, o Montserrat fica localizado em uma casinha de frente para o riacho que passa por trás de uma parede de pés de bambu.
Focado na simplicidade atrelada a sofisticação, o Montserrat tem decoração modesta, com mesas na área externa -que conta apenas com algumas bromélias ornamentando uma parede lateral (um projeto paisagístico com mais verde faria bem...)-, aceita cachorros (sim, Sushi foi critério zero durante toda a nossa estadia na cidade) e o atendimento foi um dos melhores que recebemos.
Acontece que essa informação deve ter sido passada por um passarinho, pois as porções são pequenas mesmo para uma única pessoa.
Pedimos um bacalhau nas natas e um filé com molho a base de vinho acompanhado de batata em cubos, comemos e saímos todos com fome.
O sabor da comida é realmente bom, mas não é tão excepcional para que justifique o valor cobrado. Concluímos isso todos juntos, ou seja, não é apenas uma opinião do enjoado aqui, rs.
Apesar de ter gostado da comida, sendo bem honesto, eu não recomendaria o Montserrat porque acho que você pode ter experiências mais interessantes em outros lugares.
Só pra deixar claro: eu como com todos os sentidos e sei que uma boa experiência gastronômica não está ligada à quantidade de comida no prato, afinal existem outras coisas que podem te deixar mais satisfeito além do que a gente mastiga e engole e é disso que eu tô falando em relação ao nosso contato com o Montserrat.
Observações finais: a trilha sonora é maravilhosa e eles não aceitam cartão.
Arredores do restaurante
Montserrat: Rua Ramalhuda, 11.
Telefone: (62) 3331-2628
CONFEITARIA VITÓRIA
Toda vez que vou lá, faço uma paradinha religiosamente pra manter meu shape de garoto propaganda da Michelin.
Isso porque fico daqui sonhando todos os dias com as tortas de lá, que são exatamente como eu gosto: molhadinhas, geladas e com pouco açúcar (eu amo doces, mas detesto açúcar em excesso).
Então, a Victoria é exatamente assim: um lugar muito simples, zero requinte/sofistiqué.
A fachada é laranjada com placa de madeira rústica; é tão sem graça que nem quis colocar a foto aqui no post, mas a torta é ótima e super barata (cada fatia custa apenas R$5).
O atendimento é dos piores de todos, mas a torta vale o sacrifício!
Confeitaria Vitória: Rua Rui Barbosa, ao lado da loja de Havaianas.
GELATERIA ITALIANA
A poucos passos da confeitaria -do outro lado da rua-, está a Gelateria Italiana, que ainda não existia na última vez que passei por lá.
Mantendo a estética colonial por fora e moderninha por dentro, serve sorvetes bem deliciosos! com ingredientes selecionados e o atendimento é bem melhor que a média local.
Vale a pena em todos os sentidos, principalmente se você for nos dias de calor.
Provamos e amamos o de paçoca, o de limão siciliano e o de iogurte grego!
P.s.: não tem imagens porque eu me empolguei tanto com o sorvete gostoso que esqueci de tirar fotos, rs.
Essa foto aí em cima é de uma rua dedicada à gastronomia.
Cheia de restaurantes de uma ponta à outra, eu ainda não tinha explorado essa parte da cidade em nenhuma das vezes anteriores que estive lá e desta vez eu resolvi fazer diferente: saí pra dar uma espiada e encontrei uma pérola, o Bacalhau da Bibba
BACALHAU DA BIBBA
Pra começar: não, o dono do restaurante não é uma biba. Bibba é como chamam a mulher dele, responsável pela receita de Bacalhau que é o carro chefe da casa. Quando eu falo casa, leia-se casa, literalmente.
A mistura de antiquário e restaurante se dá em um espaço dividido em vários ambientes onde ficam expostas obras de artes e antiguidades, e as mesas ficam postas entre todas as peças garimpadas pelo proprietário em suas viagens e suas histórias.
A sensação é parecida com a de comer estando em uma vitrine, afinal você come sentado à mesa que está à venda, come usando as louças que estão à venda e ainda pode comprar um lustre, um rádio, uma poltrona ou um prato antigo pra decorar sua casa, afinal está tudo à venda.
Mas é tudo tão bem disposto que pode parecer que você está sendo convidado a participar de uma refeição na casa de um colecionador de antiguidades, e foi isso que eu achei maravilhoso.
Geralmente antiquários expõem produtos de forma muito parecida, e lá na casa onde funciona o Bacalhau da Bibba o clima intimista foge ao padrão.
De qualquer forma, o lugar é um dos poucos na lista com bom atendimento na cidade.
Infelizmente não provei o bacalhau, que para algumas pessoas é muito fiel à gastronomia portuguesa, mas vi muita gente dizendo que é delicioso, porém caro.
Quando eu tiver uma Chanel e uma Dog Carrier da Louis Vuitton, volto lá, experimento e conto pra vocês.
Todavia, vale muito a pena dar uma passadinha lá para apreciar o acervo belíssimo de antiguidades e raridades (que também tem preço elevado pro padrão que estou acostumado a observar e até mesmo comprar).
Restaurante e antiquário Bacalhau da Bibba:
Rua do Rosário, 42A
(62) 3331-2103
RAINHA DAS PANELINHAS
No domingo à tarde (quase 17hs, pra ser mais preciso), estávamos mortiane de fome e sem paciência pra procurar por restaurantes na internet, então resolvemos arriscar, seguir a intuição e acabamos parando em uma cabaninha totalmente rústica e desprovida de qualquer sinal de luxo ou sofisticação chamada Rainha das Panelinhas.
Fomos atendidos por uma senhorinha bem idosa e muito fofa, fizemos nosso pedido, aguardamos o tempo de preparo (eles refogam e preparam tudo na hora, pra garantir o sabor da comida) e ficamos apaixonados pela típica comida com gostinho caseiro.
Dentro do contexto, ficamos apaixonados pela simplicidade do lugar, que conseguiu superar todos os outros que experimentamos em todos os quesitos.
Amamos e recomendamos!
Rainha das Panelinhas: não sei o endereço e não encontrei no google, mas fica entre a Confeitaria Vitória e a Galeria Shop.
LOJINHAS
LOJINHA DA POUSADA WALKERIANA
Os objetos são tão delicados que é proibido entrar com criança lá, a fim de evitar incidentes, pois as peças têm valor bem elevado.
Considerando o final da última frase, não preciso dizer que não comprei nada, né?
Então tá!
Apesar de ficar dentro das dependências da pousada, a loja é aberta ao público.
O acervo não é muito extenso e, apesar dos valores bem elevados, vale a pena encarnar a Norma e passar lá pra apreciar essas belezuras de perto.
Pousada Walkeriana: Rua do Rosário, 37.
Em frente à pracinha central.
Telefone: (62) 3331-1260
GALERIA SHOP
Entrei na Galeria apenas por curiosidade, de forma muito despretenciosa (pela primeira vez) e amei, porque ela é do tipo de loja que eu adoro: vende um pouco de tudo e é bem grande, cheia de cantinhos legais. Você dá voltas e voltas e ainda encontra surpresinhas...
Além de objetos de decor, a loja vende jóias e acessórios; como meu closet já tava bem abastecido de diamantes, não comprei nada desta vez.
Galleria Shop Rua do Bonfim, 18
Telefone: (62) 3331-2002
ANJO DE LUZ
Aqui a pegada artesanal (e mística, nota-se pelo nome) é um pouco mais evidente, mas não é única opção.
Encontrei umas xícaras e vasos bonitinhos, mas acabei comprando apenas um conjunto de porta copos bem fofo que já tava namorando há tempos e uma luminária estilo japonesa pink bem Regina Casé pra usar em algo que ainda não sei o que é, porque ela é beeem grande.
Só pra constar, logo ao lado tem uma outra loja com objetos bem legais que não fotografei e não lembro o nome. Mas a dica é dar uma passadinha em todas as lojinhas que ficam ao redor da praça. Não são muitas, mas dá pra encontrar algumas coisas legais!
Anjo de Luz: Rua Pireneus, 35
Pra finalizar, tem um vídeo curtinho mostrando um pouco mais da cidade:
Em resumo: a cidade é linda, tanto que eu já voltei várias vezes e pretendo voltar sempre, afinal é uma maravilha poder se desligar do frenesi da cidade e apreciar um dia atípico em um lugar como Pirenópolis, mas em relação aos serviços, vá psicologicamente preparado para lidar com erros e gafes.
Infelizmente, treinamento e aprimoramento técnico não são questões de primeira importância para a galera.
Já acabou, Jessica?
Aham...
Bjs do Math e até a próxima!
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