Já estava decidido desde o fim do ano passado que eu não faria festa de aniversário em maio porque estaria cheio de trabalho (já comentei no instagram que estou produzindo um dos desfiles do Luxo de Festa, evento importante de noivas/casamentos aqui em Brasília) e como seria bem perto do dia das mães, a gente resolveu fazer uma comemoração bem privada só com a família, assim, Sander e eu estaríamos juntos com nossas mães, que moram em cidades diferentes; e para comemorar as duas datas ao mesmo tempo, a gente escolheu Cidade de Goiás como destino, pela curiosidade e vontade que já tínhamos de conhecer o lugar, além da facilidade de deslocamento pra todo mundo.
Cidade de Goiás fica a aproximadamente 314 km de Brasília (claro que foi o Google que me disse isso) e nosso trajeto de carro durou aproximadamente 4 horas.
Pra conhecer o Centro Histórico de Cidade de Goiás, um dia é suficiente, afinal não é tão grande, mas como a gente queria fazer tudo com bastante calma, reservamos quartos em uma pousada pra poder apreciar a noite do lugar também, até porque, se tem uma coisa que é encantadora nessa vida, meus amores, é uma noite tranquila e serena em uma cidade histórica.
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
Quando a gente chegou (bem como no resto do tempo que permanecemos por lá) a cidade estava bem vazia, o que contribuiu pra aumentar ainda mais a minha sensação de nostalgia e saudades de Colônia del Sacramento, aquele vilarejo uruguaio histórico e fofo que eu já mostrei aqui no blog.
De cara, o que mais me chamou a atenção na cidade foi o zelo evidente dedicado às construções históricas e aos demais detalhes da cidade, como as ruazinhas de pedras impecavelmente limpas.
Pode soar muito clichê, mas é verdade que o tempo parece ter parado em Cidade de Goiás. O hábito das pessoas de conversarem nas varandas das casas no comecinho da noite e as portas abertas das casas (direto pra rua, sem muro ou cerca) evidenciam a sensação de estar em um lugar cheio de nostalgia e boas histórias.
Todo esse rodeio foi só pra dizer que o lugar é tão lindo e fofo que me deu vontade de descer do carro já usando o biquini asa delta rosa chiclete, dançando La Conga (Gretchen, rainha. O resto, nadinha) e beijando cada parede colorida da cidade, meus queridos.
Imaginaram a cena?
Acho que deu pra entender o nível de amô, né...
(Aqueles que fazem a fina e normal até certo ponto e depois descem do salto e rolam ladeira abaixo sem critério. B E M L O K A.)
ONDE FICAMOS
Desde que decidimos ir à Cidade de Goiás, nossa maior dificuldade foi relacionada à hospedagem: a cidade tem poucas opções de hotéis e pousadas, principalmente no Centro Histórico.
Depois de muito peregrinar no google, ficamos na dúvida entre o Hotel da Ponte -que fica em frente ao Rio Vermelho e à casa de Cora Coralina- e a Pousada do Ipê (que se orgulha de ter recebido o elenco principal da Globo durante as gravações da primeira fase da novela Em Família).
No fim, a pousada levou vantagem por ter piscina; o problema é que eu não estou em em forma pra usar meu biquini asa delta de neoprene rosa chiclete que levei na bagagem. #SHOROSA.
Quando vi as imagens da Pousada do Ipê no site, adorei a área verde com cara de jardim de casa de vó (AMO/SOU) e a proposta simplista dos quartos, que são zero frufru, mas têm um certo charme rústico colonial irresistível.
Interior da Pousada:
Apesar de ser a melhor opção que encontramos na cidade -e de o valor ser mais caro que de hotéis em áreas nobres de cidades grandes em que já ficamos hospedados anteriormente-, a pousada deixa a desejar em alguns aspectos dos quartos: ar condicionado antigo e barulhento, TV pequena e antiga e estrutura do banheiro (em relação à higiene, é ok).
Pagando um pouco mais (a diferença é bem pequena mesmo), dá pra ficar nos chalés, que são quartos um pouco mais sofisticados. A gente acabou se arrependendo depois, mas na hora da compra não imaginamos esses detalhes e as fotos no site não mostram.
Só pra deixar claro: mesmo com esses probleminhas, a pousada ainda é a melhor opção na cidade e esses detalhes não diminuíram em nada a qualidade do nosso fim de semana, até porque a recompensa veio com o cardápio maravilhoso do restaurante da própria pousada -que nos surpreendeu pelo atendimento impecável e por uma moqueca de Pintado sensacional que a gente comeu no almoço de domingo. Chora, projeto verão!
Isso puxa outro assunto sobre a cidade: não encontramos muitas opções de restaurantes bonitinhos por lá. Aliás, nem mesmo restaurantes simples... Parece que eles ficam meio escondidos ou estavam todos fechados.
Dos poucos que vi, o que eu mais gostei foi um chamado Dali, que fica escondidinho em uma rua perto do Hotel da Ponte. Porém, deixamos as mães decidirem onde queriam almoçar e elas preferiram ficar na pousada e comer a tal moqueca deliciosa em baixo da mangueira frondosa ao lado da piscina mesmo. E acertaram em cheio. O almoço foi incrível! <3
Voltando à pousada, tirei umas fotos à noite também (porque adoro fotos com longa exposição) pra tentar mostrar pra vocês o charme da pousada depois que o Sol se põe.
Sério, gente... é muito delicinha.
Vontade de ficar lá com uma caneca de chá de camomila quentinho na mão sentado nas poltronas de balanço de metal -que aparecem no vídeo- escutando um folk sem compromisso com o tempo...
A CIDADE:
Cidade de Goiás tem ruas tão lindas que eu fiquei atazanado sem saber pra onde olhar primeiro no contato visual inicial. Na verdade, isso acontece todas as vezes que eu chego a algum lugar bonitinho: eu fico bem retardado no começo até processar a informação...
As ruas, típicas de cidades históricas, têm um charme extra no caso de Cidade de Goiás pelo impecável estado de conservação de todo o patrimônio, pela limpeza exemplar e pelas cores de algodão doce nas fachadas das casinhas. Olha isso, gente:
Prédio azul bebê com flores na janela: não sei lidar!
Charmes escondidinhos: mesas na varanda e bike com florzinhas no corredor de uma casinha branca com portas e janelas azuis.
Eu tirei algumas fotos ainda no sábado à tarde antes de anoitecer e deixei pra continuar a captura das imagens no domingo de manhã bem cedinho. Levantei às 6h e não tinha ninguém na rua. Encontrei apenas uma senhora muito fofa que mora na cidade e puxou papo dizendo que a cidade estava muito vazia. Pouco tempo depois, na rua seguinte, encontrei esse totó fofo que tava querendo puxar papo e fez pose pra mim. Vontade de trazer pra casa.
Eu gosto mais de portas e janelas que de Prada e Chanel.
Ok, talvez seja na mesma medida... mas eu já contei aqui que antes de decidir pela moda, minha primeira opção profissional na vida era designer de interiores, porque eu amo casa e decor, e eu acho que portas e janelas têm sempre um significado muito especial por serem a abertura que permitem às pessoas construírem pontes entre seu universo particular e o resto do mundo, além de possibilitar a entrada de outras pessoas, histórias e experiências em nossas casas e nossas vidas.
Nossa, como eu tô reflexivo/poético... Bendita seja Cora Coralina.
Por falar em Cora, preciso dizer que não tem fotos da casa de Cora porque é proibido registrar imagens do interior. Os familiares da poetiza detêm os direitos de imagem do museu e não permitem que sejam feitas fotos ou vídeos.
A gente fez a visita e o que tenho a dizer é que o jardim é a melhor parte da casa. Mas o quarto com os vestidinhos de Cora não fica pra trás.
Voltando às portas e janelas, vem chorar um pouquinho comigo, gente:
Eu e minha obsessão por prédios que me fazem lembrar Grand Budapest Hotel. SOS.
Quero essa casinha pra mim. Obrigado, de nada.
Esse coreto super charmoso com ornamentos em estilo art nouveau fica na praça central da cidade e serve de ponto de encontro e lazer para as famílias e amigos no fim da tarde. Lá dentro funciona uma pequena sorveteria. O sorvete de tangerina é tipo sensacional!
Em frente ao coreto tem essa fonte com umas torneiras de onde não sai nenhuma gota d'água. Achei tão linda que tirei 5 mil fotos e esqueci de ler a plaquinha que conta a história dela... Não me julguem.
Igrejas da cidade: acima, Igreja de São Francisco e a seguir, Igreja do Rosário -que tem louváveis pinturas feitas pelo italiano Frei Nazareno Canfaloni na década de 50.
Falando bonito porque o Blog do Math também é gramática. Não, pera...
Lembram que eu falei no começo do post que a gente gosta de curtir a noite nas cidades históricas?
Então... nada de balada e bons drink, tá, gente? Até porque eu não curto esse tipo de agito (sou muito relax. Minha balada preferida é chá com jazz em casa ou bossa nova ao vivo em algum restaurantezinho charmoso com luz baixa. Só fui a boate duas vezes na vida e pouca gente sabe, mas eu não bebo nem fumo. Sou desses).
O que eu mais aprecio em cidades desse tipo durante a noite é o clima bucólico junto com o sossego quase espiritual que apenas esse lugares têm.
A gente anda nas ruas praticamente vazias, afinal os locais sempre dormem bem cedo e o que resta é apreciar a natureza sob outro ponto de vista.
Os postes coloniais com luzes incandescentes conseguem deixar as copas das árvores e as ruas envoltas em uma atmosfera de nolstagia e romance, perfeitos para um passeio a dois sem pressa.
Olha que profundo! Hahaha.
Tô parecendo até vendedor de agência de viagens tentando fechar venda de pacote pra lua de mel. Acho que vou enviar meu currículo pra alguma agência daqui a pouco. Será que tenho chances? Rs.
Dá vontade de subir e descer essa ruazinha fofa até o dia amanhecer ouvindo The Paper Kites <3
Bem, essas foram minhas fotos preferidas que tirei na cidade.Se vocês estavam achando que ia rolar fotinha com o biquini cavado rosa chiclete na beira da piscina fazendo a Marilac e tomando bons drink, sinto desapontá-los, mas fica para a próxima, quando eu tiver bem fit!
Essa foi a primeira parte da comemoração do meu aniversário e eu queria apenas dizer que adorei. Amo cidades históricas e esse é o tipo de passeio que me deixa feliz.
Rolou uma segunda parte da comemoração depois com os amigos mais chegados comendo gordices, mas eu não tirei nenhuma foto pra postar porque eu tava mesmo era afim de aproveitar a companhia das pessoas e comemorar. Às vezes é preciso fazer coisas na vida sem se preocupar com internet, né...
Se vai rolar uma festinha tardia? Acho que sim, e, se rolar, conto tudo por aqui.
Além disso, tem o vídeo que eu gravei na cidade também pra mostrar alguns detalhes que as fotos não mostram, daquele jeitinho que eu gosto de fazer sempre. Vem ver:
Apesar da minha falta de tempo nos últimos dias, espero ter conseguido mostrar pra vocês um pouco dessa cidade tão linda (já tô com saudades. Espero voltar logo) de forma convincente.
Tô sem tempo pra responder aos comentários e aos emails de vocês também, mas juro que assim que a correria aqui passar, venho correndo dar a devida atenção e trocar ideias com todo mundo, tá?
Bjs do Math e até a próxima, mores!
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