Depois de um bom tempo sem férias e após o stress traumático do TCC, me dei de presente um bom tempo pra descansar o corpo e a mente: passei o natal e a virada de ano em off, com o mínimo possível de internet, zero trabalho e curtindo a família.
Logo em seguida, Sander e eu viajamos para o Sul em uma viagem que não estava em nossos planos (o que eu queria mesmo era voltar a Buenos Aires pra matar a saudade daquelas lindezas que eu já mostrei aqui), mas que valeu super a pena.
Nosso destino final era Gramado, pra comemorar o aniversário de uma amiga, passando por Curitiba e Porto Alegre antes; o roteiro começou pela capital paranaense com todos seus encantos que eu mostro a seguir:
CURITIBA: PRIMEIRAS IMPRESSÕES
Eu me considero uma pessoa agitada; estou sempre procurando algo pra fazer, tipo aqueles brinquedos de dar corda que ficam se mexendo de um lado pro outro, sabe? Rs.
E quando chegamos em Curitiba, uma das primeiras coisas que notei -assim como observei em Buenos Aires- foi o descompaso entre meu ritmo acelerado e o ritmo da cidade: parece que tudo se passa um pouco mais devagar, e era exatamente dessa calma que eu tava precisando.
Aliás, gostaria de dizer que o comparativo com BsAs é inevitável: se a capital portenha é considerada (ou pelo menos já foi) a Paris da América, Curitiba é nosso pedacinho da Europa no Brasil.
A cidade é moderna, encantadora e diferente de uma forma que não dá pra não notar: as ruas são limpas, os prédios históricos são muito bem conservados -obrigado!-, os ciclistas tem vez, o transporte público flui, pequenas gentilezas são habituais na rotina da maioria das pessoas, etc etc...
ONDE FICAMOS
Eu diria que em termos de exigências, sou um viajante intermediário: não chego ao nível Kardashian de mimimis, mas também não do outro lado da ponte em nível de desapego #vidaloka de um mochileiro quase cigano.
Tenho lá minhas restrições mínimas com hotel (banheiro tem que ser bem iluminado -sim, gente, isso é quase um TOC e só Deus pode me julgar-, se wi-fi funcionar dignamente todas as crianças do mundo ficam felizes e eu sempre faço uma inspeção na roupa de cama), mas depois de algumas experiências que poderiam ter sido melhores em alguns lugares, a conclusão que chegamos é que mais importante que o quarto de hotel em si é a localização, afinal, estar numa região segura, com fácil acesso a transporte, lojas e outras comodidades nos arredores é fundamental pra viagem ficar gravada na memória como uma experiência positiva.
Essa volta toda é pra dizer que a gente nunca tinha ficado em nenhum hotel da rede Ibis, porque o Sander (que cuida de toda a parte logística das viagens) sempre lia comentários negativos: o quarto é pequeno, não tem café da manhã (tem que pagar à parte) e blá blá blá...
Porem, em Curitiba resolvemos arriscar e ficamos no Ibis do Bairro Batel. Melhor coisa!
O quarto é pequeno?
De fato, é menor que dos outros hotéis onde ficamos e a decoração é bem basicona (MESMO), mas não feriu nossa dignidade.
Não ter café da manhã também não foi um problema. Aliás, achei até interessante tomar café da manhã em lugares diferentes todos os dias. Graças a isso descobri um capuccino delicinha numa confeitaria em frente ao hotel.
De fato, é menor que dos outros hotéis onde ficamos e a decoração é bem basicona (MESMO), mas não feriu nossa dignidade.
Não ter café da manhã também não foi um problema. Aliás, achei até interessante tomar café da manhã em lugares diferentes todos os dias. Graças a isso descobri um capuccino delicinha numa confeitaria em frente ao hotel.
Qual a vantagem?
A gente ficou em um dos melhores bairros da cidade, perto de tudo, com um shopping ao lado do hotel e pagando diárias bem amigáveis.O ROTEIRO
Centro Histórico
Centros históricos são sempre uma das minhas partes preferidas em qualquer viagem: são tantas cores, tantos detalhes, tanto amor...
As estruturas são tão diferentes das que estamos habituados hoje em dia que eu sempre me pergunto como deve ter sido viver em um momento diferente, tendo casas tão fofas, porém, sem internet e celular, por exemplo, rs.
Particularmente sobre o centro histórico de Curitiba, gostaria de parabenizar a cidade por cuidar tão bem desse acervo maravilhoso que conta um pouco da nossa história e da nossa cultura.
Boa parte das construções antigas estão reformadas e adaptadas para o comércio; as pessoas convivem bem com o antigo e o contemporâneo, que é uma união linda de se ver.
Street Art no Centro Histórico? Tem sim, senhor! <3
Largo da Ordem
O Largo da Ordem era um dos cantinhos que eu estava mais curioso pra conhecer em Curitiba por conta dos posts que li no Tudo Orna.
Aliás, preciso dizer que as irmãs Alcântara sempre mostram em seus posts coisas legais da cidade com fotos e vídeos lindos. Se você também pretende visitar a capital paranaense, recomendo dar uma olhadinha no blog delas antes antes. É uma super ajuda na hora de montar o roteiro!
O Largo da Ordem é o coração do centro histórico de Curitiba e conta com prédios lindos e ruas de pedra que ficam ocupados por mesinhas de bar onde a galera joga conversa fora. O agito começa no fim da tarde e segue noite a dentro. Eu não sou dos que curtem barzinhos, mas comi um cachorro quente bem gostosinho por lá -com uma maionese temperada sensa-. Tão gostoso que a gente voltou de novo no último dia só pra se despedir dele.
No meio do Largo tem uma pracinha com uma fonte e a Igreja do Rosário, que é toda azul bebê com azulejos portugueses emoldurando a porta. Aliás, essa igreja foi meu grande caso de amor da viagem.
Lá também rola uma feirinha super legal aos domingos. Infelizmente eu não pude ir porque partimos pra Porto Alegre sábado de manhã.
A igreja dos azulejos maravilhosos
Eu já disse que me apaixonei pela street art de Curitiba? Pois é... Tá rolando um clima aqui entre a gente! Esse cantinho coloridão também fica no Largo da Ordem e convive em perfeita harmonia com os prédios históricos. Crush crush crush.
Jardim Botânico
O Jardim Botânico é um dos principais pontos turísticos de Curitiba e era um dos lugares que eu tinha vontade de conhecer desde a infância por causa dessa estufa lindona aí da foto, que foi inspirada no Palácio de Cristal de Londres.
Ela é toda feita de ferro e vidro, tem três abóbodas e várias exemplares e espécies de plantas tropicais em seu interior, que conta com uma plataforma superior, de onde pode-se ver o jardim em estilo francês, tudo no maior charme Art Nouveau.
Obviamente, o Jardim Botânico não se resume apenas à parte da estufa. Ele tem uma área verde bem grande, um laguinho e o Jardim das Sensações, que foi inaugurado em 2008, onde há a possibilidade de vendar os olhos e utilizar os outros sentidos pra conhecer as várias espécies de plantas expostas.
Porem, só se salvaram fotos boas da parte da estufa mesmo, que estão aqui abaixo:
Esse foi um dos lugares que mais me surpreenderam: várias pessoas haviam comentado que eu adoraria o Bosque do Papa, mas eu dei um google e não me interessei muito, até chegar lá e descobrir que absolutamente nenhuma foto fazia jus à beleza e à paz presentes nesse lugar.
Minha vontade era de ficar um dia inteiro olhando, admirando e tirando mil fotos das casinhas feitas de madeira encaixada, das araucárias e das várias outras espécias de plantas que fazem desse parque um dos mais lindos da cidade na minha opinião.
Não vou gastar palavras tentando explicar o que senti.
Apenas digo que se você for a Curitiba, não deixe de visitar esse cantinho. <3
Museu Oscar Niemeyer
Talvez por já ter Niemeyer no "quintal" de casa, essa tenha sido uma das coisas menos impressionantes da viagem pra mim.
Não que eu não goste de Niemeyer ou que o museu não seja bonito (pelo contrário, ele é bem lindão)... mas ele é bem parecido com várias obras do Sr. minimalista que temos aqui em Brasília, só que colorido, rs.
No dia em que passamos por lá, nenhuma das exposições me chamou a atenção, então fui direto pro café do MON pra tomar um frappé e amar um pouquinho o ar condicionado, porque o calor tava insuportável -outro motivo pra eu não ter andado/apreciado tanto o museu.
Teoricamente, essa parte do roteiro não deveria estar aqui, por tratar-se de outro lugar que não Curitiba, mas como o destino em questão é tão pequeno que seria desperdício fazer um post isolado, preferi juntar tudo num posto só mesmo, além de que o passeio começa em Curitiba, ou seja, tá valendo! Rs.
O passeio de trem da Serra do Mar é considerado um dos mais lindos do Brasil.
São 150 quilômetros passando por pontes, túneis e precipícios, com vistas de tirar o fôlego (literalmente! Tem horas que o trem vira e parece que vai cair lá em baixo) durante todo o trajeto que dura pouco mais de 3 horas.
Ele anda um bem devagar, então, as vezes chega a ser monótono, mas vale a experiência, sem sombra de dúvidas.
Um detalhe sobre o passeio é que a descida é mais rápida e proporciona uma vista melhor de vários pontos do trajeto. A dica é não deixar pra ir no fim de semana, porque é sempre mais cheio e a vista das janelas é bem disputada.
Nós pegamos o primeiro trem da manhã e nosso destino era a pequena e bucólica cidade de Morretes, famosa pelo cuidado com o meio ambiente e atrativos gastronômicos bem singulares. Mas o que me cativou mesmo foi o charme vintage do lugar que foi fundado em 1721.
Chegamos a Morretes na hora do almoço e fomos provar o famoso barreado, um prato típico paranaense que consiste em carne cozida por cerca de 20 horas numa panela de barro (até derreter mesmo!). É bem gostoso e eu acho que todos os restaurantes da cidade devem servi-lo, afinal, é uma tradição regional.
Depois do almoço foi a hora de caminhar pra explorar o lugar, e eu queria dizer que em alguns momentos pensei que a gente tivesse visitando o Sol. Que calor da moléstia, socorro!
Imagino que se deva à época do ano e ao fato de o lugar ser bem alto e úmido. Mas eu lembro de ter ouvido algumas pessoas que moram lá comentando que tava mais quente que o normal e eles estavam surpresos com as temperaturas tão altas.
O que eu fiz? Mandei um beijo pro calorão e fui vaguear pelas vielas cheias de charme com minha câmera em mãos.
Logo no começo da caminhada, o Sander encontrou <3 uma sorveteria COR DE MENTA com guarda sol de melancia na frente <3 e é claro que foi lá que a gente parou pra experimentar sorvete de gengibre, que também é bem característico do local.
É bom, mas não me arrebatou. Achei curioso, porém, nada espetacular. Mas valeu o descanso e o refresco em baixo das cabaninhas de melancia, com certeza!
Depois da pausa pra refrescar a cuca, hora de continuar o tour.
Pra vocês terem uma ideia do tamanho da graaaaaande Morretes, mesmo parando toda hora pra fotografar/filmar algo, em menos de uma hora eu já tinha visto tudo.
Depois de fritar um pouco no sol e registrar tudo que eu queria, era hora de voltar pra Curitiba e preferimos retornar de ônibus, pois o trajeto é Morretes-Curitiba é uma subida e o trem demora ainda mais, além de ser mais caro.
Obviamente, nós passamos por muitos outros lugares e pontos turísticos na cidade, como a Ópera de Arame e o Bosque do Alemão, mas eu tentei fazer um resumo com minhas partes preferidas, até mesmo pro post não ficar mais longo do que já está.
Minha ideia inicial era fazer um post só, mas como tava ficando muito extenso, resolvi dividir e no próximo vou apresentar os lugares fofos de comidinha por onde eu passei (a torcida grita OLÉ!) + vídeo.
Por enquanto é só isso.
Agora eu quero saber de vocês quem já foi a Curitiba ou conhece algum cantinho bem especial da cidade pra indicar (pretendo voltar em breve!).
Bjs do Math e até logo...
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