Continuando a série de posts sobre a viagem, agora falando sobre gordices em Curitiba...
Meses antes de arrumar as malas, eu sempre faço uma pesquisa sobre o destino focando em lugares legais para comer.
Muita gente já me perguntou como eu descubro esses lugares e a resposta é simples: não pode ter preguiça, nem de pesquisar na internet nem de bater perna. Encontrar indicações na internet é super legal, mas nem sempre as coisas legais se adequam ao nosso roteiro, além de corrermos o risco da subjetividade, afinal, o que é legal pra mim pode ser péssimo pra você.
Eu gosto de sair com uma listazinha de casa, mas andar procurando lugares diferentes é indispensável pra mim também!
Eu gosto de sair com uma listazinha de casa, mas andar procurando lugares diferentes é indispensável pra mim também!
Tive uma certa dificuldade de encontrar na internet indicações de lugares descoladinhos/fofos em com os quais eu me identificasse em Curitiba, mas fui de peito aberto e olhos atentos em busca de descobrir cantinhos daqueles que dão vontade de voltar sempre.
A lista não é tão grande porque minha câmera não é das melhores não se salvaram fotos boas de todos os lugares, mas tá aqui a lista com os "sobreviventes":
- CARAMELODRAMA -
Descobri a Caramelodrama no I Could Kill For Desert, site da Danielle Noce que tem um ótimo guia gastronômico com indicações de lugares interessantes em várias cidades.
Só li coisas boas sobre a Caramelodrama e presencialmente todas as expectativas foram correspondidas: o lugar é lindo, mas sem afetações, delicado na medida com detalhes pensados pra gente se sentir em casa (dá aquela vontade de ficar por horas mesmo depois de terminar de comer, sabe?). As comidinhas são leves e frescas (tudo é feito pela chef Carolina Garofani, dona do estabelecimento) e contam com ingredientes colhidos na horta.
A Caramelodrama fica perto da Praça da Espanha numa casa cinza da década de 1950 que foi toda reformada pra receber as receitas da Carol (que estava lá quando visitamos o local, super simpática e com um sorriso contagiante no rosto!).
Sobre as comidinhas em si, só posso dizer que é tudo muito singular: nós pedimos dos doces especiais de verão que estavam disponíveis no cardápio e dá pra sentir, de fato, o gosto dos ingredientes -pois nada é muito doce, exatamente como eu gosto- além de ser facilmente notável que tudo é feito com aquele toque de delicadeza e cuidado em todas as etapas.
Em resumo, dá vontade de pedir mais um e depois mais um...
Al. Presidente Taunay, 434 - Batel
De segunda à sábado, das 10:00 às 19:00hs
- Doce de Cidra -
Me apaixonei de cara pelo Doce de Cidra ao descobrir que ele fica na antiga casa da avó dos donos do restaurante, que resolveram restaurá-la mantendo todos os detalhes da estrutura original, mantendo vivas as memórias de quando dona Anna habitava o aconchegante lugar.
Gente, é uma casa de vó que virou restaurante!
É tanto amor envolvido que dá pra ir à Lua e voltar...
Me fez lembrar da minha vozinha, que (assim como a vó Anna) já não está mais entre nós.
Nós fomos ao Doce de Cidra no penúltimo dia em Curitiba e eu já não me aguentava de ansiedade pra ver de perto toda essa lindeza que tinha visto apenas por fotos.
O restaurante fica escondidinho numa rua residencial (afinal, é uma casa mesmo) e passou por mudanças no cardápio recentemente, migrando de um menu à la carte para self service.
A alteração no serviço foi por motivos de logística e operacionais: segundo um dos netos da dona Anna e sócio do restaurante que estava lá quando fomos almoçar, a alteração foi feita visando atender melhor os clientes do Doce de Cidra, que em sua maioria são funcionários de empresas dos arredores (foi isso que observei em relação a praticamente todo mundo que entrou pra almoçar enquanto estávamos lá) e tem horário de almoço contabilizado, o que não estava "combinando" com o tempo de preparo dos pratos à la carte. Todavia, as opções do buffet são muito deliciosas (MESMO!).
Tanto por dentro quanto por fora, a casa da Vó Anna é puro charme: os janelões e portas azuis, as flores frescas sobre as mesas e nas jardineiras, o banheiro jeitosinho, as fotos antigas sobre o piano da família e as várias ilustrações da casinha expostas na parede, juntos, criam um ambiente muito cativante. É tipo chegar num lugar e ser abraçado por ele, sabe como é?
Outra coisa legal sobre o Doce de Cidra: volta e meia eles convidam algum artista pra tocar música ao vivo no piano da família.
Fala sério, tem como não se apaixonar?
Doce de Cidra
Rua Cândido Xavier, 521
De segunda à sábado, das 11:30 hs às 19:00hs.
- Raposa Caramelo -
A Raposa Caramelo foi uma das gratas surpresas descobertas durante a viagem.
Estavamos procurando pelo The Kettle, uma casa de chá famosinha de Curitiba -que estava fechada-, quando vimos na esquina da frente uma lojinha super charmosa identificada pelo lado de fora como café - loja - ateliê.
Resolvemos entrar e descobrimos que se trata de uma loja de design para crianças (sou baixinho da Xuxa até hoje, tá?) que serve comidinhas preparadas com ingredientes orgânicos e frescos.
A loja é nova (abriu no finalzinho de dezembro) e muito, MUITO bonitinha: tem bandeirolas na porta, luminárias pendentes fofas na vitrine e uma sala de brinquedos no maior estilo festinha infantil gringa.
Além de comidinhas deliciosas, é possível comprar lá itens de papelaria e brinquedos pros pequenos, tudo com muita estampa linda capaz de fazer gente grande ficar babando.
Foi lá que eu comprei minhas tatuagens temporárias bem maduras da Le Petit Pirate (que deveriam ser presente pro meu afilhado, mas acabei ficando com todas pra mim porque elas são muito amor).
Como o foco da Raposa é a criançada, eles se preocupam em ter no menu opções saudáveis sem abrir mão do sabor pra cativar os baixinhos.
Nossas escolhas do menu foram: tartelete integral de maçã com mel (sem açúcar) e bolo de cenoura com nozes e cobertura de cream cheese; pra acompanhar, chá verde gelado com hortelã.
De bônus eu pedi um iced coffee shake com sorvete porque sim e queria apenas dizer que é tudo maravilhoso e phyno!
Não provamos do cardápio inteiro pra indicar os favoritos, mas super indico que você experimente essas opções que conehcemos, aprovamos e amamos!
Alameda Prudente de Moraes, 842
De terça à sábado, das 10h às 19h
- Pizza em Santa Felicidade -
O bairro de Santa Felicidade tem esse nome porque é pra lá que as pessoas vão quando querem se sentir felizes comendo gordices. Rs.
É claro que eu tô brincando, mas até poderia ter um fundo de verdade nessa história, porque o bairro é cheio de restaurantes grandes, phynos e badalados entre os turistas.
Optamos pelo já famoso entre os blogs de viagem Casa dos Arcos, que tem na decoração toques italianos com uma pegada kitsch, iluminação baixa conferindo um clima bem intimista e playlist sofisticada. Nós dois adoramos a ambientação como todo.
Pedimos pizza que não lembro do que era, mas era muito gostosa. Aliás, a julgar por tudo o que já ouvimos falar do Casa dos Arcos, qualquer uma das opções do cardápio vai ser sempre uma boa pedida.
Av. Manoel Ribas, 5999. Santa Felicidade
Basicamente é isso.
Sobre Curitiba, apenas boas impressões e boas memórias: do lugar, das pessoas, da comida etc etc...
Esqueci de comentar no post anterior sobre as Jardineiras, aqueles ônibus de turismo que circulam dentro da cidade; vai aparecer um pouquinho do tour que fizemos nele no vídeo aqui em baixo.
A única reclamação que tenho é em relação a falta de cobertura na parte de cima; como na parte de baixo quase naõ tem acentos, a maioria das pessoas tem que ir na parte de cima, que é aberta e deixa a gente totalmente exposto ao calor ou à chuva (inclusive em um dos dias tomamos um sr. banho de chuva que já entrou pra história das nossas viagens).
Pra quem quiser ver um pouquinho mais da cidade em movimento, é só dar o play no vídeo aqui em baixo:
Espero que tenham gostado!
O próximo post é sobre Porto Alegre (e devo adiantar que tem uma feirinha de antiguidade maravilhosa no meio da conversa).
Bjs do Math
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